Sporting perde quarto jogo em casa e é a equipa que menos marca na Liga

“Leões” estão apenas quatro pontos acima da zona de despromoção e os lugares europeus ficaram mais longe

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Os jogadores do Sporting saíram do relvado mais uma vez desiludidos Rafael Marchante/Reuters

Entre recolhas de assinaturas de três candidaturas à presidência do Sporting, que marcaram neste domingo presença no exterior do Estádio José Alvalade, a equipa principal demonstrou que a profunda depressão que assola o futebol do clube não desaparecerá com a simples demissão da direcção de Godinho Lopes.

Frente ao Marítimo, os "leões" somaram a quarta derrota em casa (0-1) para o campeonato, esta temporada. Pior: voltaram a não marcar e são, oficialmente, a equipa com menos golos na Liga.

"É um momento que se tem que registar como negativo na história do clube. Não me recordo do Sporting ser o pior ataque do campeonato após 18 jornadas", admitiu Jesualdo Ferreira no final da partida.

Mais lamentosos estavam os 24 mil adeptos que aproveitaram a hora pouco habitual (16h) de domingo para apoiarem a equipa. Nas bancadas, os ecos da campanha eleitoral que se avizinha já se fizeram igualmente sentir, com uma tarja do empresário João Pedro Paiva dos Santos a marcar presença, mas a ser confiscada pelos seguranças até ao final do encontro.

As atenções gerais estavam, porém, concentradas no drama que decorria no relvado. Depois de uma entrada promissora no jogo, os "leões" repetiram uma cena clássica nesta temporada: uma falha infantil na defesa resultaria no golo do Marítimo, contra a corrente da partida. Foi logo aos 18’, com o coreano Suk, o mais recente reforço do ataque dos madeirenses, a aproveitar as facilidades para marcar.

Um pouco antes, o holandês Wolfswinkel abrira um duelo particular com o guarda-redes Salin, que se prolongaria pelo decorrer do encontro e que o jogador francês ganharia categoricamente.

Carrillo no meio
A presença do jovem Bruma na equipa principal foi a grande surpresa de Jesualdo para este encontro, que marcou ainda o regresso do marroquino Labyad ao "onze".

A equipa "leonina" até começou bem, com dinâmica, mas o golo deitaria tudo a perder, com muitos jogadores a cairem vertiginosamente de rendimento.

O Marítimo foi-se soltando, procurando circular a bola, acabando por dominar os acontecimentos até ao final da primeira metade. Os lisboetas só estiveram perto de igualar, aos 36’, na sequência de outro desperdício de Wolfswinkel.

Bruma já não regressou para a reatamento, rendido por André Carrillo, numa alteração táctica de Jesualdo Ferreira que apanhou de surpresa o seu colega Pedro Martins, no banco adversário.

Ao contrário do habitual, o peruano não foi encostado a uma das linhas, mas ficou na zona interior, onde ganhou espaços entre o meio-campo e a defesa maritimista.

Foi o melhor momento da equipa de Alvalade, mas não durou muito nem produziria o perigo desejado. Já nos descontos, em desespero, o Sporting voltou a estar muito perto de marcar, mas Salin estava definitivamente em dia sim.

 

 

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