Vitória e exibição ainda não fizeram esquecer o derby da Luz

A primeira metade da partida chegou para o Sporting bater o Olhanense, mas o segundo tempo ?fez lembrar os maus momentos da temporada passada.

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Foto: Francisco Leong/AFP

Não foi a melhor resposta do Sporting à derrota no derby da Luz, na última jornada (2-0). Frente ao Olhanense, um adversário modesto que provou em Alvalade por que razão está no último lugar da classificação da Liga, os “leões” até venceram pela margem mínima (1-0), mas só foram uma equipa convincente na primeira metade. No segundo tempo, os lisboetas demonstraram muitas fragilidades, que fizeram recordar alguns dos piores momentos da última temporada, a pior da história do clube, contribuindo para que os algarvios acreditassem em sair com pontos de Alvalade. E não estiveram assim tão longe disso.

Com William Carvalho e Jefferson novamente disponíveis, Leonardo Jardim regressou ao seu figurino mais habitual, depois das experiências frente ao Benfica, mas mesmo assim com uma surpresa e meia na equipa titular. A grande novidade foi a chamada de Carlos Mané para uma das alas, mantendo (como meia surpresa) Heldon no flanco oposto, como prémio pela postura do extremo, contratado neste Inverno ao Marítimo, no derby lisboeta da última jornada. No banco deixou Slimani, que fizera companhia a Montero no ataque na última terça-feira.

A principal aposta de Jardim começou a dar frutos cedo, com Mané a abrir o marcador logo aos 14’, depois de uma primeira tentativa frustrada uns segundos antes do golo. Isto numa altura em que os “leões” já dominavam completamente a partida, depois de algumas incipientes tentativas dos algarvios de se abeirarem da baliza do aniversariante Rui Patrício (completou neste sábado 26 anos), procurando aproveitar algum nervosismo que subsistisse na equipa lisboeta na sequência da derrota na Luz.

Mas o Sporting acabou por pegar cedo no jogo, até pelas facilidades concedidas pelo adversário, nomeadamente em termos defensivos, que os homens da casa procuraram aproveitar para alcançar um golo madrugador que tranquilizasse a equipa. Aos 13’, numa iniciativa individual, Carlos Mané passou dois adversários, mas falhou o alvo, redimindo-se no momento seguinte, ao encostar no segundo poste um cruzamento-remate bem medido de Montero.

O avançado colombiano ia contribuindo para baralhar as marcações da defensiva visitante, fugindo do corredor central e apostando em diagonais a partir da esquerda. E, aos 28’, até haveria de marcar, ele próprio, um golo, que seria (mal) anulado, por um suposto fora-de-jogo. Foi mais um dos vários lances “leoninos” que levaram grande perigo à área Olhanense, que só a partir da meia hora procurou sacudir a pressão, avançando mais no terreno.

Mesmo assim, o único remate feito na primeira metade pela equipa orientada pelo italiano Giuseppe Galderisi surgiu já em cima do intervalo, com Rui Patrício a resolver sem grandes dificuldades.

Para o segundo tempo regressou um Sporting bem diferente, para pior em quase tudo. A equipa da casa baixou o ritmo e o Olhanense (já com Pelé a substituir Rui Duarte no meio-campo) acertou nas marcações, subiu no terreno e começou a acreditar.

A entrada de Carrillo para o lugar de Heldon, aos 75’, até trouxe melhorias, com o peruano a dinamizar o ataque e atirar a rasar a barra da baliza algarvia, mas a ponta final deixou os “leões” com o credo na boca, quando, aos 86’, uma bola passou a rasar o poste direito da baliza de Patrício. A iniciar um ciclo decisivo no campeonato, Jardim tem trabalho acrescido neste ciclo pós-Luz.

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