Sporting encontrou o caminho no meio do nevoeiro

“Leões” vencem Paços de Ferreira na Mata Real por 3-1, voltam a pressionar o líder Benfica e garantem que não terminam a época abaixo do terceiro lugar.

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William marcou o primeiro golo do Sporting Miguel Riopa/AFP

Se havia equipa que foi um símbolo do desnorte sportinguista em 2012-13, foi o Paços de Ferreira, justo vencedor nos dois confrontos com os “leões”. Neste sábado, em noite de nevoeiro, o Sporting venceu o Paços pela segunda vez na época, triunfando por 3-1 na Mata Real em jogo da 26.ª jornada e garantindo que, pelo menos, não irá terminar o campeonato abaixo do terceiro lugar. A equipa de Leonardo Jardim vai continuar tranquila no segundo lugar, a salvo do que o FC Porto possa fazer frente à Académica, e à espera de um deslize do líder Benfica, que ficou, por dois dias, a quatro pontos.

Depois de ter estabilizado um “onze” com Carlos Mané no apoio a Slimani, Jardim mudou o jovem extremo para a ala e promoveu o regresso à titularidade de André Martins, uma fórmula que foi mais utilizada na primeira parte da época. E os “leões” entraram com muita dinâmica, dispostos a resolver cedo o jogo. O plano era quase sempre o mesmo: bola na alas e bola na área, a contar com o jogo aéreo de Slimani, que, depois de uma boa série, se mostrou de novo desalinhado com a baliza.

Não funcionou a marcar o argelino, mas funcionou a assistir. Aos 14’, recebe a bola à entrada da área de William Carvalho, devolve-a de calcanhar e o luso-angolano cavalga para a área e faz o primeiro dos “leões”. Em duas passadas, William deixou o seu marcador para trás e o seu domínio perfeito da bola e a forma como rapidamente se enquadrou com a baliza deixaram o guardião Degrá completamente fora da jogada. A única resposta que o Paços conseguiu dar foi através do pé esquerdo de Bebé. Por duas vezes (15’ e 19’), o ainda jogador do Manchester United fez dois perigosos remates que Rui Patrício desviou com dificuldade.

Mas foi o Sporting que voltou a aumentar a vantagem. Canto marcado por Adrien Silva, passividade da defesa do Paços e Marcos Rojo, sozinho, só teve de encostar, marcando pelo segundo jogo consecutivo, depois de ter marcado há uma semana ao Vitória de Guimarães. Com esta vantagem, o Sporting parecia caminhar para uma vitória sem sobressaltos, mas o intervalo fez mal aos “leões”.

Com o nevoeiro mais cerrado, cresceu a equipa de Jorge Costa e não demorou muito para se relançar na discussão pelo resultado. Aos 54’, Bebé fez o que quis de Jefferson e marcou o seu nono golo do campeonato, justificando em campo aquilo que tem dito em entrevistas, que merece que Paulo Bento olhe para ele na hora de fazer a lista para o Mundial.  Mas o Sporting não demorou muito repor as diferenças, com um grande golo de Adrien Silva aos 66’, num indefensável remate de fora da área.

A capacidade de reacção do Paços ficou ainda menor com a expulsão de Filipe Anunciação aos 72’ (viu o segundo amarelo por cortar uma jogada com a mão) e o Sporting só teve de fazer a gestão da vantagem sem grandes sobressaltos. Depois de uma época sem estar na Europa, o Sporting prepara-se para regressar pela porta grande (Champions), enquanto o Paços teve uma interrupção no seu caminho da manutenção (não perdia há três jogos), mas não o suficiente para entrar em modo pânico.

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