Sp. Braga deixa terceiro lugar à mercê do Paços

Minhotos obtêm empate em Aveiro, depois de terem estado em desvantagem. João Pedro evitou o pior.

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Miguel Riopa /AFP

Cinco pontos perdidos nas duas últimas jornadas podem fazer cair o Sp. Braga do terceiro lugar da Liga. Em Aveiro, foi sempre o Beira-Mar a estar na frente do marcador e os minhotos a correrem atrás do prejuízo. No final, minimizaram os estragos, com um empate robusto (3-3) que o Paços de Ferreira tentará capitalizar esta noite.

Pela segunda jornada consecutiva, o Sp. Braga entrou com o pé esquerdo na partida e, quando deu por ela, tinha já uma desvantagem de dois golos para contrariar. A culpa do primeiro foi inteiramente de Yazalde, um avançado com o qual José Peseiro não contava e que acabou emprestado ao Beira-Mar no mercado de Inverno. Aos 12’, beneficiou de uma bola perdida num lance aéreo para, de fora da área, desferir um remate colocado a que Quim não conseguiu corresponder.

Nos instantes seguintes, o jovem avançado que despontou no Varzim voltou a criar dificuldades aos centrais bracarenses e quem pagou por isso foi... Ulisses Morais. O técnico do Beira-Mar protestou junto da equipa de arbitragem por uma falta não assinalada, no seu entender, e acabou expulso.

Depois de um início de jogo pródigo em incidências, o ritmo acalmou e o Sp. Braga passou a dispor de mais tempo para pensar. Mesmo assim, os passes longos de Hugo Viana não saíam e as arrancadas de Alan não tinham sequência. E quem aproveitou o momento voltou a ser o Beira-Mar. Na sequência de um livre indirecto, Rui Sampaio ficou com a bola à mercê e desviou com um toque subtil para dentro da baliza, aos 33’.

José Peseiro, no banco, punha as mãos à cabeça. Menos de um quarto de hora depois, seria Ulisses Morais a engolir em seco. Aos 41’, Hugo Viana fugiu pela esquerda e serviu, de bandeja, o pé direito de Éder para o 1-2. E ainda antes do intervalo, aos 45’, o internacional português voltou a estar na origem do golo: livre directo, defesa de Rui Rego e recarga simples de Alan. Era a 12.ª vez no campeonato que o Sp. Braga fazia pelo menos dois golos num jogo.

O mais difícil para os visitantes parecia feito, mas um novo arranque em falso voltou a baralhar as contas. Éder até começou por pôr Rui Rego à prova, mas seria o Beira-Mar a chegar ao 3-2. Passe longo de Hugo, desvio de cabeça de Sasso, Yazalde esperou pelo timing certo para o passe perfeito e Ruben Ribeiro fechou a jogada na cara de Quim (57’).

Hugo Viana e companhia tinham novamente de correr atrás do prejuízo e José Peseiro decidiu dar uma ajuda, trocando Leandro Salino (longe da forma que o consagrou) por João Pedro, com o intuito de ganhar profundidade no flanco direito. E aos 78’ teve a recompensa, naquela que foi, provavelmente, a melhor jogada do desafio: Éder, com um passe em vólei, desmarcou Mossoró no centro do terreno, o brasileiro fez, de primeira, o chapéu a Rui Rego e a bola embateu na barra. No ressalto, Mossoró deixou para João Pedro, que restabeleceu a igualdade.

Tal como tinha acontecido com o Benfica, João Pedro (ex-Naval) voltava a ser o joker bracarense, mas não seria suficiente para dar a volta completa ao jogo. O Sp. Braga saía de Aveiro com o terceiro empate da época, agora a três golos (antes registara um 2-2 com o Benfica e um 4-4 com o Olhanense), e com o terceiro lugar da tabela em risco. Se o Paços de Ferreira ganhar na segunda-feira ao Estoril, no final da jornada a Liga portuguesa terá um novo representante no pódio. 
 

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