Procuradoria quer esclarecer contradições nos relatos sobre acidente de Schumacher

Ex-piloto permanece em coma induzido, na unidade de cuidados intensivos do Hospital Universitário de Grenoble.

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Corinna, a mulher de Schumacher, à chegada ao hospital, nesta quinta-feira THOMAS BERNARDI/AFP

A procuradoria francesa quer esclarecer contradições nos relatos do acidente do antigo piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher, que permanece em estado de coma induzido num hospital de Grenoble.

Quatro dias após o grave acidente que sofreu, quando esquiava na estação alpina de Méribel, nos Alpes franceses, o ex-piloto alemão permanece na unidade de cuidados intensivos do Hospital Universitário de Grenoble. Não foram divulgadas novas informações sobre o seu estado de saúde, que na quarta-feira foi classificado como crítico mas "estável".

As contradições nos relatos sobre as circunstâncias em que ocorreu o acidente levaram os investigadores franceses a decidirem ouvir a porta-voz do ex-piloto, Sabine Kehm, que, na quarta-feira, descreveu o sucedido de forma diferente do avançado anteriormente quer pela procuradoria, quer pela estância de esqui. O jornal Dauphiné Libéré, que é publicado em Grenoble, noticiou que o procurador Patrice Quincy não tinha conhecimento da versão avançada por Sabine Kehm, e quer esclarecer o que aconteceu.

Tanto a procuradoria como a direcção da estação de Méribel tinham dito que Schumacher chocou com a cabeça contra uma rocha, quando esquiava a grande velocidade, acompanhado do filho. Mas Sabine Kehm avançou outras informações. "Aparentemente, o seu capacete partiu-se, mas isso não significa que Michael esquiasse a grande velocidade", disse.

A porta-voz afirmou também que Schumacher não estava sozinho com o filho quando sofreu o acidente, no domingo, mas com um grupo de amigos. "Não ia depressa porque parece que tinha ajudado um amigo que tinha caído", disse. O jornal alemão Bild noticiou que, imediatamente antes do acidente, o antigo piloto parou para ajudar a filha de uns amigos, que tinha caído. Face a essas declarações, a direcção da estância escusou-se a fazer novos comentários.

Nesta quinta-feira, nem o hospital nem a família de Michael  Schumacher divulgaram notícias sobre a evolução do estado de saúde aos cerca de cem jornalistas que têm estado concentrados no parque de estacionamento do hospital de Grenoble nos últimos dias.

A última pessoa a falar à imprensa sobre a situação de Schumacher foi Sabine Kehm, que, na quarta-feira, afirmou que a situação de Schumacher era "estável", o que considerou uma "boa notícia". Um novo encontro dos médicos com os jornalistas acontecerá apenas quando houver evolução da situação. No hospital, a acompanhar o ex-piloto, estão a mulher, Corinna, e os dois filhos, Gina María,16 anos, e Mick,14.

Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ex-director da escuderia Ferrari e amigo de Schumacher, visitou o alemão nesta quinta-feira, depois de uma primeira ida ao hospital, na terça. Schumacher completa sexta-feira 45 anos de idade.

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