Um golo de Hugo Veiga, de grande penalidade, deu neste domingo a vitória ao Santa Maria, do Campeonato Nacional de Seniores (CNS), frente à Académica, da I Liga, na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Depois de, na época passada, ter eliminado o Nacional desta competição, com uma vitória por 1-0, o sétimo classificado da Série A do CNS repetiu a proeza à custa dos "estudantes".

O apuramento para a quarta eliminatória da equipa do concelho de Barcelos foi justificado pela forma como, mesmo em vantagem, procurou sempre levar perigo à baliza da Académica, que apenas na última meia hora de jogo conseguiu ameaçar a defensiva contrária.

Depois de um início em que o Santa Maria assumiu o controlo da bola e tentou chegar com perigo à área da Académica, os "estudantes" criaram a primeira ocasião de golo da partida, aos 10 minutos, quando Rui Pedro, à entrada da área, rematou à barra.

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A equipa de Coimbra pareceu, após esse lance, capaz de assumir as "rédeas" do encontro, mas, aos 21 minutos, Aníbal Capela cometeu grande penalidade, quando interceptou um cruzamento de David Freitas com a mão.

Hugo Veiga converteu o castigo máximo para o lado contrário de Lee, aos 23 minutos, e garantiu uma vantagem que o conjunto de Barcelos soube gerir durante o resto do primeiro tempo, perante uma Académica apática e incapaz de ameaçar a igualdade.

A formação conimbricense, embora com as mesmas dificuldades dos primeiros 45 minutos, mostrou mais atitude ofensiva na segunda parte e esteve perto do empate num remate de Rui Pedro (55') e num cabeceamento de Obiora (56'), mas o Santa Maria respondeu num remate de Goba (63') e, até ao apito final, aliviou a pressão da Académica, afastando a bola da área.

No final do encontro, Nuno Sousa, treinador do Santa Maria, não escondeu a satisfação: "Fomos melhores tacticamente do que a equipa da Académica. Fomos objectivos no controlo do jogo. Os meus jogadores foram rápidos, a saberem aquilo que tinham de fazer. Criámos mais oportunidades do que o adversário e estivemos muito equilibrados defensivamente. Sabíamos da mais-valia da Académica, mas tivemos uma vontade e uma alma tremenda", assinalou.

Do lado dos visitantes, Paulo Sérgio reconheceu que a Académica esteve abaixo do que se exigia: "Em primeiro lugar, correu mal a forma apática como entrámos na primeira parte. Fomos pouco determinados nos lances divididos. Depois, demos o golo ao adversário da forma que demos. Além da grande penalidade de um ressalto de bola na mão, o adversário teve apenas mais uma bola perigosa na nossa baliza. Na segunda parte, tivemos quatro ou cinco bolas de golo que não concretizámos, mas a atitude e alguma insegurança sentida na nossa última linha não nos deixou tranquilos no jogo", explicou, sublinhando ainda que "o campo era impraticável".