Projectar o pós-Dakar

Terminar o Dakar é uma sensação única. Para alguns é cumprir a segunda parte do sonho. A primeira terá sido o ter conseguido estar à partida. Para a maioria é uma sensação de vitória, de ter sido bem-sucedido no esforço, muitas vezes sobre-humano, de ultrapassar inúmeras barreiras e dificuldades imensas. Para alguns, a sensação saborosa de terminar junta-se ao sabor amargo de o resultado desportivo ter ficado aquém ou mesmo muito aquém do previsto, do desejado e do que teria sido possível se…

O dia em que termina o Dakar é também aquele em que dele começamos a ficar com saudades e que se (re)começa a pensar nos projectos futuros. Evidentemente que não terão sido poucos os que aproveitaram a prova para fazer importantes contactos, até porque é lá que está toda a gente (ou quase) que decide. Para muitos pilotos profissionais ou com ligações a equipas, o Dakar é o fim de uma ligação que pode ou não ser retomada. Há avaliações importantes a fazer. Há análises que terão de ser feitas mais a frio mas que, apesar do calor do Verão sul-americano, assim que termina a prova, tudo começa rapidamente a arrefecer. 

Claro que os vencedores e todos aqueles que de uma forma ou outra superaram significativamente o que deles se esperava, vivem entusiasticamente estes momentos de glória. Estou certo de que entre os portugueses Paulo Gonçalves, com o segundo lugar alcançado, estará seguramente nesta último grupo mas, para os outros, apesar do bom desempenho haverá uma sensação de que gostariam de ter conseguido mais e melhor. As corridas são assim e confio que todos voltarão ao Dakar com renovadas ambições. Piloto

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