Prémio mínimo no Brasil rondará os sete milhões

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A cúpula da FIFA decidiu aumentar os prémios do Mundial Nelson Almeida/AFP

Austeridade é uma palavra que não entra no vocabulário da FIFA. O organismo que tutela o futebol mundial revelou que o montante a entregar em prémios às selecções participantes no Mundial 2014 aumentou em 37% relativamente ao Mundial 2010: no torneio organizado pela África do Sul foram distribuídos um total de 420 milhões de dólares (307 milhões de euros), enquanto no Brasil as previsões da FIFA apontam para que esse valor ascenda a 576 milhões de dólares (421 milhões de euros). “Esta verba representa um terço do custo do Mundial 2014”, disse o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke.

O prémio mínimo que uma selecção poderá trazer do Brasil ronda os sete milhões de euros: um milhão de “contribuição para a preparação” e 5,8 de prémio. Se conseguir repetir a presença nos oitavos-de-final, a selecção portuguesa vai embolsar no total quase 7,7 milhões de euros em prémios monetários. A partir daí é sempre a subir: ir aos quartos-de-final rende 11,3 milhões de euros, o quarto lugar equivale a um prémio total de 15,7 milhões. A recompensa para as equipas que ficarem no pódio oscilará entre os 17,1 milhões para o terceiro classificado e os 26,7 milhões para o vencedor. Destes, 25,6 milhões correspondem ao prémio a atribui ao novo campeão – um aumento de 3,6 milhões relativamente a 2010.

“Temos ainda um novo programa, de protecção aos clubes, que é um seguro para os jogadores não só durante o Mundial, mas que também cobre os compromissos internacionais e todos os jogos durante o calendário FIFA”, revelou ainda Jérôme Valcke. Este novo programa vigora para todos os encontros internacionais disputados entre 1 de Setembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2014, incluindo as partidas da fase final do Mundial. O montante reservado para esta rubrica é superior a 73 milhões de euros, aos quais se juntam 51,2 milhões destinados aos clubes que libertam jogadores para o Campeonato do Mundo. Este valor também aumentou, já que na competição realizada na África do Sul foram distribuídos apenas 29,2 milhões pelos clubes. “Mais de 65% desse montante foi para clubes europeus, porque são os que enviam mais jogadores ao Mundial”, explicou o secretário-geral da FIFA.

Os prémios monetários do Campeonato do Mundo têm vindo a aumentar de forma consistente nas mais recentes edições. O crescimento já tinha sido assinalável em 2010, comparativamente a 2006 (307 milhões de euros na África do Sul contra 244 milhões na Alemanha). E, quatro anos antes, em 2002 (Japão e Coreia do Sul), o prémio para o campeão do mundo eram uns modestos 10,1 milhões de euros.

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