As perspectivas são as melhores para a selecção portuguesa sub-21, que procura garantir o regresso à fase final do Europeu deste escalão após oito anos de ausência. Na primeira mão do play-off de acesso ao Euro 2015, a equipa de Rui Jorge foi à Holanda vencer e convencer: Portugal mostrou-se claramente superior, dominou a partida e o 0-2 final só peca por escasso. O resultado não reflecte com exactidão as diferenças entre as duas equipas, porque os jovens portugueses foram sempre melhores e podiam ter feito mais golos.

Frente ao adversário mais reputado que enfrentou neste apuramento, Portugal puxou pelas credenciais e superou a Holanda (campeã europeia de sub-21 em 2006 e 2007) sem deixar margem para dúvidas. Após ter concluído a fase de grupos com oito vitórias em oito jogos (num grupo que incluía Israel, Noruega, Azerbaijão e Macedónia), a equipa nacional acrescentou mais um triunfo a esse registo, numa partida em que dominou claramente. As estatísticas da UEFA atribuem 22 remates aos sub-21 portugueses, contra apenas seis dos holandeses (14-4 em disparos enquadrados com a baliza).

Rui Jorge apostou numa frente atacante com grande mobilidade, em que Ivan Cavaleiro e Ricardo, apoiados por Bernardo Silva, usavam a sua velocidade para deixar a defesa holandesa em sobressalto. A isto juntou-se a segurança defensiva demonstrada pela selecção nacional, com os centrais a resolverem as situações mais problemáticas e os laterais bem no apoio ao ataque. Na única ocasião em que a Holanda chegou com perigo à baliza portuguesa, os ferros estiveram do lado de José Sá: primeiro o guardião do Marítimo defendeu o remate de Manu e depois, na recarga, o avançado do Feyenoord acertou na trave (5’).

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Os jovens portugueses compreenderam o aviso e não deixaram que a Holanda voltasse a criar perigo. Bernardo Silva (6’) e Ivan Cavaleiro (16’) dispuseram de excelentes oportunidades para fazer o golo, mas seria apenas no período de compensação do primeiro tempo que a equipa de Rui Jorge chegaria à vantagem. Sérgio Oliveira marcou de penálti, a castigar falta de Sven van Beek sobre Bernardo Silva.

A superioridade portuguesa foi ainda maior na segunda parte, sucedendo-se as ocasiões de golo. Raphael Guerreiro disparou para defesa de Hahn (59’), Bernardo Silva rematou ao lado (69’) e Carlos Mané surgiu em boa posição mas errou na definição (76’). Só que à segunda o futebolista do Sporting não perdoaria: Mané deixou três adversários para trás e rematou de forma imparável para o 0-2. O terceiro ainda esteve à vista, mas Hahn brilhou ao travar o remate de Mané (88’).

Na terça-feira a eliminatória conclui-se em Paços de Ferreira. A vantagem é portuguesa e o Europeu está ao virar da esquina.