A polícia inglesa lançou uma investigação aos incidentes protagonizados por adeptos do Chelsea no metro de Paris, antes do jogo da equipa de José Mourinho frente ao Paris Saint-Germain para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Um grupo de adeptos do emblema londrino impediu um homem negro de entrar na carruagem do metro onde seguiam, numa atitude que o primeiro-ministro David Cameron classificou como “extremamente preocupante e alarmante”. “Há claramente um potencial crime e tenho a certeza que a polícia francesa vai levar isto muito a sério. Sei que a polícia inglesa vai dar toda a ajuda possível. E estou igualmente certo que o Chelsea cooperará em pleno”, acrescentou.

“Vamos analisar as imagens para perceber se há matéria para aplicar proibições de entrada em estádios a alguns adeptos”, podia ler-se num comunicado da Scotland Yard, que garantiu colaboração total com as autoridades francesas: “Vamos dar-lhes assistência para identificar as pessoas envolvidas e apoiar qualquer acção que decidam tomar”.

No site oficial, o Chelsea lançou um apelo a quem tiver informações sobre os adeptos envolvidos no incidente do metro parisiense para que contacte o clube. “Este comportamento é repugnante e não tem lugar no futebol ou na sociedade. Iremos apoiar qualquer acção criminal contra os envolvidos e, se os indícios apontarem para o envolvimento de titulares de bilhetes de época do Chelsea ou para membros do clube, iremos tomar as acções mais fortes possíveis contra eles, incluindo ordens de expulsão”, sublinhavam o comunicado dos blues.

O acto racista do grupo de adeptos do Chelsea foi documentado num vídeo divulgado pelo diário britânico The Guardian. Os adeptos do emblema londrino cantavam “Somos racistas, somos racistas e é assim que gostamos de ser”, enquanto impediam um homem de entrar na carruagem, horas antes do encontro entre o Chelsea e o Paris Saint-Germain para a Liga dos Campeões. As imagens foram captadas por um emigrante britânico em Paris, que disse estar “chocado” com o que tinha presenciado.