Slimani não marcou mas voltou a ser decisivo para o triunfo do Sporting

Um penálti cometido por Tonel, nos descontos, num lance disputado com o argelino, permitiu a William Carvalho desfazer o nulo no marcador e manter a liderança dos “leões” no campeonato intacta.

O Belenenses travou o Sporting em Alvalade
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O Belenenses quase travava o Sporting em Alvalade PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP
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William marca o penálti decisivo PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

Tudo parecia complicar-se nesta segunda-feira para o Sporting, quando, já em período de descontos, uma mão de Tonel na bola redundou num penálti contra o Belenenses, que William Carvalho transformou no golo do triunfo. Pela segunda vez consecutiva (e pela quarta vez esta temporada), os “leões” foram bem-sucedidos ao cair do pano, conseguindo manter a liderança e a diferença pontual para o FC Porto, que quarta-feira irá acertar calendário, na Madeira, frente ao União, em partida em atraso do campeonato.

Este foi também um castigo severo para a equipa do Restelo, que defendeu muito (e quase sempre bem) para sair do Estádio José Alvalade com um ponto na carteira, ficando a segundos de o conseguir.

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Sem grandes oportunidades para desfazer a igualdade a zero no marcador, Jorge Jesus foi metendo em campo todas as opções atacantes que tinha no banco, mas acabou por ser um adversário e ex-jogador da casa a proporcionar o clima de festa nas bancadas “leoninas” ao apito final.

Procurando emendar as goleadas sofridas esta temporada na Liga com oponentes mais fortes — Benfica (6-0), FC Porto (4-0) e Sp. Braga (4-0) —, a equipa de Sá Pinto não se poupou a cuidados defensivos, alinhando em vastos períodos do jogo com toda a equipa atrás da linha da bola.

Uma muralha cerrada e empenhada que o Sporting teve poucos argumentos para ultrapassar, nomeadamente na primeira metade, quando somou apenas dois remates enquadrados com a baliza, da responsabilidade de Montero (18’) e Bryan Ruiz (38’), após uma bela iniciativa pessoal do costa-riquenho que foi travada pelo guarda-redes Ventura.

Mas para além de um ou outro apontamento individual, faltava intensidade e criatividade ao “leão”, que tinha um controlo mais aparente do que efectivo na partida.

No segundo tempo, Jesus procurou agitar as águas estagnadas de Alvalade, lançando Gelson Martins (aos 57’ para o lugar de Adrien), Matheus Pereira (67’, a render Montero) e Tanaka (80’, Brian Ruiz) que ajudaram ao assalto final às muralhas da equipa de Belém, mas sem efeitos práticos no marcador, para além de meia dúzia de oportunidades mais ou menos flagrantes. E quando tudo fazia prever que o Belenenses iria ser feliz em Alvalade, Tonel, numa tentativa desastrada de desviar uma bola de Slimani, acabou por provocar a grande penalidade.

O argelino, que já havia sido fundamental, na vitória no terreno do Arouca na jornada anterior, com um golo em cima dos 90’, voltou a ser crucial para mais este triunfo, o sétimo consecutivo da sua equipa nas provas nacionais (quinta em jogos do campeonato).

Depois de três vitórias sobre o Benfica, Jesus voltou a demonstrar que está talhado para os derbies lisboetas, apesar deste ter sido, talvez, o mais complicada e com uma exibição menos feliz.

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