Penálti mal assinalado derrota Sporting na Alemanha

Expulsão de Maurício numa altura em que os "leões" venciam por uma bola acabou por condicionar os lisboetas e possibilitar a reviravolta do Schalke. A equipa de Marco Silva consegiu reagir, mas não resistiu ao erro de arbitragem sobre o cair do pano.

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Um penálti mal assinalado derrotou o Sporting na Alemanha Ina Fassbender/Reuters

A Alemanha é definitivamente um país aziago para o Sporting. Os “leões” nunca venceram por estas paragens nas competições europeias e esta terça-feira, frente ao Schalke, não foi excepção. Mas sair derrotado de Gelsenkirchen, por 4-3, foi uma penalização tão pesada como injusta para os lisboetas, que acabaram por sucumbir já no último suspiro do encontro, depois de uma grande penalidade mal assinalada, que deitou por terra o esforço de um conjunto reduzido a dez unidades durante praticamente uma hora.

O encontro não poderia ter começado melhor para os portugueses. Com uma entrada personalizada, a equipa de Marco Silva chegou à vantagem aos 16’ e impôs respeito ao adversário. Mas, após uma meia-hora inicial auspiciosa, Maurício deitou tudo a perder.

Depois de ter sido admoestado com um primeiro cartão amarelo, aos 19’, o defesa central arriscou mais uma entrada imprudente e desnecessária (tal como a primeira), aos 32’, e acabou expulso.

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Tudo mudou imediatamente. Na cobrança do livre, o Schalke chegou ao empate, com Obasi a desviar de cabeça para a baliza de Rui Patrício, que comprometeu ao não agarrar uma bola que parecia sua, mas que a deixou escapar para as redes.

Marco Silva reorganizou rapidamente a sua equipa, fazendo sair João Mário do meio-campo para a entrada do defesa central Naby Sarr e reequilibrou a partida.

A equipa não recuou no terreno, mantendo a pressão alta da meia-hora inicial, que perturbava a primeira fase de construção atacante dos alemães.

Uma postura que se manteve após o intervalo, mas que seria severamente punida com uma perda de bola e um veloz contra-ataque, que apanhou a defesa “leonina” descompensada.

Conduzida por Draxler, na esquerda, a jogada passou ainda por Obasi que lançou Huntelaar, na direita, com o alemão a finalizar, mas depois de ter recebido a bola em posição de fora-de-jogo.

O árbitro validou o golo e estava operada a reviravolta no marcador, aos 51’.

Tudo se complicou para os “leões” e pior ficou dez minutos depois, quando, na sequência de um livre, Howedes saltou mais alto do que os defesas adversários, para o 3-1.

Mas o Sporting recusou-se a desistir e reagiu de imediato, com Carrillo a ser tocado na área alemã e Adrien a marcar a grande penalidade que manteve viva a esperança para os portugueses.

E seria novamente Carrillo a iniciar o lance atacante, que rendeu o empate, com novo golo do médio português, a cruzamento de Cédric, aos 78’.

O banho de água fria surgiria já nos descontos, quando uma bola bateu no rosto de Jonathan Silva, na área “leonina”, que o árbitro de baliza considerou passível de castigo máximo. Choupo-Moting não falhou e estabeleceu o 4-3 final, de nada valendo os protestos dos lisboetas.

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