Patrícia Mamona bate recorde do triplo e faz mínimos para os Mundiais

Na última oportunidade para carimbar um bilhete para Sopot, a sportinguista atingiu a grande marca de 14,36m.

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Atleta do Sporting atingiu a grande marca de 14,36m Franck Fife/AFP

Patrícia Mamona foi a grande figura da segunda e última jornada dos campeonatos nacionais de clubes em pista coberta, que se disputaram em Pombal, ao bater largamente o recorde nacional do triplo salto, com a espectacular marca de 14,36m, e de um golpe assegurar também marca de presença nos próximos Mundiais indoor, que terão lugar em Sopot, na Polónia, no segundo fim de semana de Março.

A proeza da sportinguista ajudou a cimentar o esperado triunfo das "leoas" no certame, tendo as de Alvalade chegado aos 106 pontos, mais dez que o Benfica. No lado masculino, as águias inverteram a classificação do primeiro dia e acabaram por ganhar com cinco pontos de vantagem sobre o Sporting (107p a 102p). Em ambos os sexos a formação da Juventude Vidigalense, clube da Associação de Leiria, alcançou terceiros lugares, nelas com 67p, nos homens com 64p.

Voltando ao triplo e a Patrícia Mamona, logo no segundo dos seus quatro saltos disponíveis ela bateu o recorde nacional indoor, que detinha com 13,99m desde 1 de Março do ano passado (em Gotemburgo), e passou pela primeira vez os 14m ao coberto, com 14,01m. No terceiro salto fez 13,98m e o mínimo para Sopot, fixado na difícil marca de 14,25m, ainda estava longe. Porém, o último ensaio foi mágico e tudo conjugado a sportinguista aterrou a 14,36m, aumentando a sua vantagem sobre Susana Costa, agora a competir pelo Benfica (13,76m) e passando a ser a terceira melhor mundial da temporada de 2014, apenas atrás das cotadas russa Ekaterina Koneva e ucraniana Olga Saladuha, ambas com 14,65m até à data. Era a última oportunidade para Mamona carimbar o passaporte para a Polónia, e ela agarrou-a pelos cabelos, ficando agora como uma forte esperança para as cores portuguesas em Sopot.

Tecnicamente, o outro resultado mais valioso do dia foi obtido por mais uma sportinguista e também nos saltos do sector feminino. Sem qualquer concorrência por perto, Marta Onofre transpôs um máximo pessoal de 4,23m e confirma-se como a melhor varista portuguesa a seguir ao trio das irmãs Tavares, de há muito residentes em França.

Nos 60m barreiras femininos, a benfiquista Eva Vital reconfirmou os seus mínimos para os campeonatos do mundo ao ganhar em 8,15s, face a uma Andreia Felisberto (Sporting – 8,54s) em recuperação. Na mesma prova masculina havia ainda a esperança de que o benfiquista Rasul Dabó pudesse fazer finalmente mínimos para Sopot, mas mesmo ganhando claramente face ao sportinguista João Ferreira (8,10s) com o bom tempo de 7,83s, esse desiderato ainda ficou algo distante.

Um outro futuro mundialista na Polónia mostrou manutenção de boa forma. Marco Fortes (Benfica) ganhou no peso de novo algo próximo dos 20m, com 19,74m, face ao sportinguista Francisco Belo (17,52m).

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