Os últimos sete minutos afundaram ainda mais o Paços de Ferreira

Pacenses perderam em casa com o Dnipro, por 0-2, e não descolam do último lugar do grupo.

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Foto: Francisco Leong/AFP

A nona derrota do Paços de Ferreira nos 13 jogos realizados nesta temporada deixa a equipa portuguesa em muito maus lençóis no Grupo E da Liga Europa. Em Guimarães, casa emprestada, os pacenses averbaram o segundo desaire na competição (0-2, frente ao Dnipro) e continuam condenados ao último lugar da classificação.

Até aos 83 minutos de jogo, poucas razões havia para acreditar num resultado que não o 0-0 inicial. Nem o Paços nem o Dnipro mostravam capacidade para desmontar o puzzle defensivo do adversário e alguns remates de meia distância era o melhor que o encontro da 3.ª jornada da fase de grupos tinha para oferecer.

Os poucos momentos de frisson no jogo tinham nascido de erros do guarda-redes António Filipe, que tem rapidamente de rever o jogo com os pés. Aos 19’, pontapeou na atmosfera e deixou a bola à mercê de Kalinic, que atirou por cima; aos 50’, uma má reposição de bola voltou a criar um lance de perigo para a baliza do Paços; aos 66’, o alívio saiu transviado e um simples atraso acabou por resultar num lançamento lateral.

O Dnipro, com o português Bruno Gama no “onze” e orientado pelo espanhol Juande Ramos, foi controlando as operações e mantendo o adversário longe da área, mas sem forçar muito na frente. Do lado contrário, era Bebé o único capaz de criar alguns desequilíbrios, sobretudo quando metia a quinta velocidade, mas nunca teve o acompanhamento necessário de Rui Miguel para poder ameaçar a baliza de Boyko.

Era, porém, à equipa portuguesa que competia assumir o risco, até porque partiu para o jogo com dois pontos de atraso em relação ao Dnipro, que ocupa actualmente o terceiro lugar na Liga da Ucrânia, com uma partida a menos, ao fim de 13 jornadas. Costinha limitou-se a refrescar o ataque aos 82’, com a troca de Rui Miguel por Christian, e, um minuto depois, o marcador funcionou, mas a favor dos ucranianos.

Na sequência de um canto marcado à maneira curta, o médio Rotan surgiu solto a rematar ao primeiro poste, praticamente sentenciando o jogo. Como se não bastasse, aos 87’ o extremo internacional Konoplyanka arrancou pela esquerda e só parou quando fez a bola passar por debaixo das pernas de António Filipe. O pesadelo chamado época 2013-14 está para durar em Paços de Ferreira.

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