O novo tecto é a atracção do Open dos EUA

Gastão Elias é o primeiro tenista português a competir, tendo Sergiy Stakhovsky como rival.

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A nova estrutura, de 6500 toneladas, levou 18 meses a construir KENA BETANCUR/AFP

A 136.ª edição do Open dos EUA que nesta segunda-feira começa em Nova Iorque deverá ser a primeira em que se vai desejar que chova. Depois de a final masculina se ter jogado a uma segunda-feira entre 2008 e 2012 devido à chuva e, a partir daí, o evento ter adoptado oficialmente esse 15.º dia de competição, este ano, o Arthur Ashe Stadium apresenta-se renovado com o tão aguardado tecto amovível, garantido o final da prova no segundo domingo. E embora as previsões climatéricas sejam as melhores, todos vão querer vê-lo em acção.

A média de 19 horas e meia de chuva durante a quinzena do Open nas derradeiras edições foi suficiente para a federação norte-americana de ténis (USTA) iniciar os estudos, projectos e procura de uma solução tecnológica que pudesse cobrir o maior estádio de ténis do mundo, inaugurado em 1997 sem que esta opção.

Depois de uma dúzia de anos de iniciado o processo e 18 meses de construção, a estrutura de 6.500 toneladas de aço (900 toneladas respeitantes aos painéis retrácteis) suportada por oito pilares, enterrados 53 metros no chão, a ocupar 14 mil metros quadrados de área e orçada em 134 milhões de euros está pronta. E bastarão dois cliques no ecrã do computador, instalado na pequena Sala 26, no topo do estádio, para se iniciar o processo de encerramento do court, estimado em cinco minutos e 42 segundos.

Dos que irão jogar no primeiro dia sob este tecto, destacam-se Novak Djokovic, o principal favorito, e Rafael Nadal. O líder do ranking abre a sessão nocturna do central defrontando o polaco,ex-14.º do ranking, Jerzy Janowicz (228.º). Nadal (5.º), ainda à procura do ténis que o levou ao topo, estreia-se frente ao uzbeque Denis Istomin (107.º), depois de ganhar apenas um dos últimos quatro encontros que realizou. Devido à irregularidade de Nadal e à ausência ninguém se atreve a arriscar uma final que não seja entre Djokovic e o número dois do ranking, Andy Murray.

Gastão Elias é o primeiro português a entrar em acção ao abrir a jornada no court 8, onde vai defrontar o ucraniano Sergiy Stakhovsky (93.º). “Fiquei contente com o sorteio da primeira ronda. Sei que é um jogador duro especialmente em piso rápido porque gosta bastante de subir à rede. Sei que ele não está no melhor momento da carreira e isso pode jogar a meu favor. Acredito que, se conseguir responder bem ao serviço, vou ter muitas hipóteses”, comentou Elias.

João Sousa (36.º) deverá jogar na terça-feira com o dominicano Victor Estrella Burgos (84.º).

No torneio feminino, Serena Williams é novamente favorita, um ano depois de falhar a conquista dos quatro torneios do Grand Slam no mesmo ano, devido a uma derrota nas meias-finais, diante de Roberta Vinci, uma das suas piores desilusões da carreira, levando-a mesmo a não competir mais em 2015.

Mas teve outras consequências: Serena perdeu o seu estatuto de imbatível nos majors e, este ano, perdeu as finais da Austrália (para Angelique Kerber) e Roland Garros (Garbiñe Muguruza). E nem mesmo o triunfo categórico em Wimbledon, em Julho, anulou o risco de perder o primeiro lugar do ranking no final deste Open dos EUA.

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