O melhor e o pior da primeira volta

Positivo

Benfica

As lesões assolaram praticamente todos os sectores, mas a equipa de Rui Vitória não se ressentiu e, desde que alcançou a liderança da tabela, à quinta jornada, não voltou a ceder. Os “encarnados” chegaram a ter seis pontos de vantagem sobre o mais directo rival, mas fecham a primeira volta com quatro pontos de avanço.

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Gelson Martins (Sporting)

Depois da afirmação, a confirmação: apesar da turbulência vivida pelo Sporting, o jovem internacional português tem conseguido destacar-se. Completou a primeira volta do campeonato como o “rei” das assistências – já leva oito – e ainda dois golos marcados. É um dos mais utilizados por Jorge Jesus e foi sempre titular.

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nuno ferreira santos

Sp. Braga

Os minhotos pertencem ao vasto lote de clubes que optaram por trocar de treinador no decorrer da primeira volta. Mas isso não os impediu de estarem na luta pelos lugares de pódio, com mais sete pontos do que tinham na mesma altura da temporada passada. O desempenho caseiro foi de eleição, com oito triunfos e um empate nos jogos em Braga.

Goleadores

Bas Dost, André Silva e Marega são os nomes mais directamente envolvidos na luta pela Bola de Prata após estas 17 jornadas. O holandês do Sporting está a confirmar os créditos que se reconheciam, enquanto o jovem português continua a afirmar-se como referência no FC Porto – o mesmo clube que cedeu o maliano ao V. Guimarães.

Desp. Chaves

A época de subida à I Liga não é fácil – em cinco das últimas seis temporadas, um dos promovidos terminou em lugar de descida – mas os transmontanos fizeram uma excelente primeira volta: apenas uma derrota em casa e três no total, o mesmo registo que Sporting e Sp. Braga. E os flavienses ainda viram Jorge Simão rumar a Braga para render José Peseiro.

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JOSE COELHO/LUSA

Negativo

Jorge Jesus (Sporting)

Depois do campeonato disputado taco a taco no ano passado, a expectativa era grande em Alvalade. O investimento foi considerável, mas os “leões” pioraram muito em comparação com o mesmo período de 2015-16: menos dez pontos, menos seis golos marcados e mais sete golos sofridos.

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MIGUEL A. LOPES/LUSA

Petit (Tondela)

Operou um autêntico milagre quando, na temporada passada, livrou o Tondela de uma despromoção que parecia quase certa. Mas, concluída a primeira volta, o clube beirão vê-se no mesmo lugar que ocupava por esta altura, na época transacta: último da classificação. Pepa tem 17 jogos para mostrar os seus dotes de milagreiro.

Manuel Machado (Nacional)

A ligação entre o técnico e o emblema insular prolongava-se há vários anos, mas as coisas deixaram de funcionar (quebra de cinco pontos relativamente à época passada) e a rescisão foi o caminho escolhido. O Nacional “dobra” o campeonato em zona de despromoção e o leme foi entregue a outro nome familiar na Choupana: Predrag Jokanovic.

Treinadores

Nenhum treinador pode dizer que está seguro, mas no campeonato português isso foi levado demasiado à letra: dois terços dos clubes trocaram de técnico e só no caso do Desp. Chaves não foi por vontade própria. Daniel Ramos será o exemplo mais bem-sucedido, tendo ressuscitado o Marítimo – e foi o único a vencer o Benfica no campeonato.

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HOMEM DE GOUVEIA / LUSA

Arbitragem

Os árbitros têm estado debaixo de fogo praticamente desde o início da temporada e a contestação foi subindo de tom à medida que os lances polémicos se sucediam. Apesar do ambiente inflamado, foram poucos os clubes que se fizeram representar ao mais alto nível na reunião convocada pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.

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nuno ferreira santos
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