Mutaz Barshim salta 2,41m e é já o terceiro melhor de sempre

Em Roma, no quarto meeting da Liga Diamante, Gezebe Dibaba impôs-se com a melhor marca do ano nos 5000m.

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Tiziana Fabi/AFP

O Estádio Olímpico de Roma acolheu nesta quinta-feira o quarto meeting da Liga de Diamante de atletismo na presente temporada e, mesmo numa jornada marcada pelo cansaço de vários dos melhores atletas anunciados para o evento, aconteceu um resultado de excepção, no salto em altura masculino. Esta era a prova mais aguardada, com a presença de quatro atletas com recorde pessoal igual ou superior a 2,40m, mas começou em tom algo negativo, com a eliminação precoce de dois deles, o russo Ivan Ukhov e o canadiano Derek Drouin.

Mas a parte final foi espectacular, dado que o campeão mundial de pista coberta, Mutaz Barshim, do Qatar, passou 2,34m, 2,37m e depois 2,41m ao primeiro ensaio, confirmando que a conversa sobre a possibilidade de um recorde mundial (fixado a 2,45m) não era fatalmente fantasiosa. Barshim estabeleceu, por um centímetro, um recorde da Ásia e passou a estar no grupo dos que detêm o terceiro melhor tempo de sempre, mas ainda não tinha ganho o concurso quando conseguiu esta proeza.  

O ucraniano Bohdan Bondarenko, que não perdia já há 15 provas, passou 2,34m ao primeiro ensaio e, como Barshim saltava antes dele, foi dispensando todas as alturas, sucessivamente, sempre que o qatari tinha sucesso. E isto mesmo aos 2,41m. Assim, Bondarenko viu-se a tentar um recorde europeu a 2,43m, para chegar à frente do concurso.  Os dois últimos ensaios não tiveram sucesso por um cabelo, como se diz. Barshim também falhou por um triz essa altura e a contenda ficou assim decidida, tendo o ucraniano de se contentar com os 2,34m, ou seja, tendo averbado uma rara derrota, mas logo por sete centímetros.

Outra das grande figuras da época de pista coberta renasceu ontem em Roma. Após uma derrota dolorosa (sexta) na Liga de Diamante de Doha nos 3000m, na sua primeira prova do ano ao ar livre, a etíope Gezebe Dibaba geriu melhor a sua corrida de 5000m e, na volta final, conseguiu desenvencilhar-se da colega Elmaz Ayana (14m37,16s), para se impor com o novo máximo pessoal, e melhor marca do ano, de 14m34,99s.

De resto, em grande continuou o americano Justin Gatlin, vencedor claro dos 100m, com 9,91s. A única presença portuguesa deveu-se a Patrícia Mamona, tendo a recordista nacional do triplo salto acabado em sexto lugar, com 13,92m ao primeiro  ensaio, em prova dominada pela campeã mundial colombiana Caterine UIbargüen, com 14,48m.


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