Marques da Silva quer fazer do COP o “centro nevrálgico do desporto nacional”

Secretário-geral do COP entregou nesta sexta-feira o seu dossier de candidatura à sucessão de Vicente Moura.

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As eleições para o Comité Olímpico de Portugal poderão realizar-se a 19 ou 20 de Março

Marques da Silva, candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), quer fazer do organismo “o centro nevrálgico do movimento associativo e do desporto nacional”, mas refreia as expectativas para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

“Os problemas que hoje existem são os mesmos que existirão daqui a um ano ou dois. Não vamos a tempo de, em 2016, termos feito todo o trabalho e sabemos que as condições financeiras não serão brilhantes”, observou Marques da Silva, actual secretário-geral do COP, que concorre à liderança do organismo com José Manuel Constantino, ex-presidente do Instituto do Desporto de Portugal e da Confederação do Desporto de Portugal.

A assessoria de comunicação de Marques da Silva informou que o secretário-geral entregaria o dossier de candidatura às 13h30 desta sexta-feira, mas Marques da Silva esclareceu que o depositou durante a manhã na sede do COP, em Lisboa, à qual regressou ao início da tarde a pedido dos jornalistas.

“É importante fazer do Comité o centro nevrálgico do movimento associativo e do desporto nacional, fazendo a interligação entre o desporto escolar, universitário, militar, para pessoas com deficiência, para que tudo isto faça sentido”, assinalou.

Para Marques da Silva, o trabalho realizado pelo actual presidente, Vicente Moura, “deverá ter continuidade”, destacando a realização dos Jogos da Lusofonia e o processo de criação do Tribunal Arbitral do Desporto, mas defendeu “um diálogo mais amplo e maior conformidade no seio COP entre federações olímpicas e não olímpicas”.

“Conheço bem o Comité e o movimento associativo e essa é uma vantagem. Ao todo, temos 50 apoiantes, dos quais 14 são federações olímpicas e os restantes federações não olímpicas e membros extraordinários do Comité, o que me dá alguma tranquilidade. Mas também sei que isto é a primeira etapa”, observou.

Marques da Silva será coadjuvado por cinco vice-presidentes: o actual presidente da Confederação do Desporto de Portugal, Carlos Paula Cardoso, e os presidentes das federações de basquetebol, Mário Saldanha, andebol, Ulisses Pereira, tiro com armas de caça, Pedro Mota, e o antigo presidente da federação de badminton, João Matos.

O prazo para a entrega das candidaturas termina a 11 de Fevereiro, correndo até dia 20 o processo de apreciação dos dossiers, mas o prazo para uma decisão sobre eventuais reclamações só se conclui a 11 de Março.

As eleições só podem ser marcadas após oito dias, mas Vicente Moura informou que agilizará ao máximo o processo, estimando que o acto eleitoral seja marcado para 19 ou 20 de Março. 

Notícia corrigida às 19h05: João Matos já não é presidente da federação de badminton. O cargo é ocupado desde Setembro passado por Horácio de Gouveia

 

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