A quarta edição da Maratona de Lisboa, disputada entre Cascais e o Parque das Nações, proporcionou um novo recorde do percurso à vencedora, a queniana Sarah Chepchirchir, com 2h24m13s, uma marca que igualou a 20.ª mundial da corrente temporada, embora o facto de a corrida se fazer ponto a ponto não permitisse a homologação oficial de recordes, se fosse o caso. Assim, a corrida feminina, embora menos participada, sobrelevou em valia a sua congénere masculina, ganha por outro queniano, Alfred Kering, com 2h10m27s.

À partida, a temperatura estava nos 15 graus, pelas 8h30 matinais, mas depois iria subir de forma evidente à medida que se entrava em Lisboa, enquanto algum vento também se levantava, o que colocou condições algo difíceis na estrada, valorizando os resultados obtidos.

Chepchirchir isolou-se relativamente cedo na companhia da sua colega queniana Brigit Chepcheshire Kosgei e da lebre masculina Daniel Gatheru, que fez um trabalho consciencioso e empenhado, indo com as duas atletas até ao fim, ajudando aos excelentes resultados. Depois dos 30km, a futura vencedora acabaria por se isolar e terminar com vantagem segura.

Apenas no seu primeiro ano na maratona, Sarah Chepchirchir, de 32 anos, pulverizou com o seu tempo de 2h24m13s o anterior máximo pessoal, estabelecido em Abril, em Hamburgo (2h30m08s), por mais de cinco minutos, enquanto Chepcheshire, dez anos mais nova e igualmente na sua primeira temporada maratonística, melhorava o seu em três minutos exactos, com 2h24m45s, face ao resultado de 2h27m45s com que ganhara, a 3 de Abril, a maratona de Milão. Rosa Madureira foi, como se esperava, a melhor portuguesa, em quarto lugar, com 2h47m54s.

No lado masculino, a escapada de Kering para a vitória, ocorrida logo a seguir à saída da Baixa Pombalina, permitiu-lhe, com 2h10m27s, 42 segundos de vantagem sobre o seu compatriota Reuben Kerio, enquanto o etíope Nigusse Seboka fechava o pódio com 2h11m42s.

A meia-maratona masculina, toda disputada na zona do Parque das Nações, deu o triunfo à Eritreia, através de Nguse Amloson, com 1h02m39s, enquanto Samuel Barata, à imagem do ano passado, se cotava como melhor português (1h05m16s).

No sector feminino o triunfo foi da etíope Genet Yalew, com 1h10m25s, e a melhor posição lusa, um sexto lugar, com 1h16m19s, caiu para Ana Dulce Félix.