Mais uma jornada, mais uma demonstração de masoquismo “azul e branco”

O FC Porto sofreu bastante para derrotar o Belenenses. Quintero marcou o golo da vitória dos “dragões”.

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Quintero o autor do golo do FC Porto Miguel Riopa/AFP

A justiça da vitória do FC Porto é indiscutível, mas tal como tinha acontecido no primeiro jogo de Luís Castro no comando dos “dragões”, frente ao Arouca, os “azuis e brancos” tiveram que sofrer bastante para voltarem a festejar um triunfo no campeonato. Frente a um aflito Belenenses, os portistas jogaram mais de 45 minutos em superioridade numérica, mas apenas garantiram os três pontos perto do final. Quintero, aos 79’, fez o golo que mantém o FC Porto a cinco pontos do segundo lugar.

Depois de um moralizante apuramento na Liga Europa e em vésperas de receber o Benfica, o FC Porto voltou a mostrar pouco. Sem o pêndulo no meio-campo (Fernando) e o abre-latas no ataque (Quaresma), Luís Castro foi conservador. O treinador lançou Ghilas, mas o argelino esteve sempre muito preso na esquerda e, com Defour a “6”, Carlos Eduardo e Josué assumiram (mal) as despesas ofensivas no meio-campo e foi preciso esperar 45 minutos para ver Quintero em acção.

Depois de ver a concorrência directa pontuar (Olhanense e Paços de Ferreira), Lito Vidigal entrou no Dragão como treinador do último classificado e, na estreia, o técnico angolano montou uma estratégia cautelosa. Sem nenhum jogador fixo na área adversária, os “azuis” apostaram na mobilidade dos seus jogadores e, perante a apatia do rival, a aposta quase resultou.

A pouco mais de 72 horas de receber o Benfica, o bom senso aconselhava que o FC Porto tentasse arrumar rapidamente a questão, mas na primeira meia hora os motores portistas trabalharam a diesel.

Pouco agressivos, os “dragões” podiam ter marcado na primeira oportunidade, que surgiu apenas aos 27’, mas Jackson fez falta antes de colocar a bola no fundo da baliza. A jogada espicaçou os portistas e, dois minutos depois, Varela rematou ao poste.

Ao bom momento do FC Porto, o Belenenses respondeu com a melhor oportunidade do jogo: aos 37’, Fernando Ferreira imitou Varela e rematou ao poste. Com o susto, o ânimo portista resfriou, mas, aos 44’, João Afonso derrubou Jackson, que ficava isolado, e foi expulso.

Em vantagem numérica para a segunda parte, Castro não foi audaz. Para colocar Quintero, tirou Josué (que estava melhor do que Carlos Eduardo) e o FC Porto não ganhou muito. Pouco depois, mais uma troca por troca (Kelvin por Varela) e o Belenenses, com maior ou menor dificuldade, ia sobrevivendo. Porém, já depois de Castro optar, finalmente, por correr riscos (Licá por Reyes), Quintero marcou: jogada de Licá, Jones defendeu para a frente e, na recarga, o colombiano fez os portistas suspirar de alívio.  

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