Leonardo Jardim e Carlo Ancelotti sob pressão

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AFP

No arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões de 2014-15 há dois treinadores que vão ouvir o hino da competição com um nó no estomago. Com três derrotas nos seis jogos oficiais disputados esta época, Carlo Ancelotti ficará em maus lençóis se o Real Madrid voltar a falhar esta noite frente ao Basileia de Paulo Sousa. Já Leonardo Jardim, outros dos treinadores portugueses em acção, está numa posição ainda mais desconfortável do que o italiano e uma derrota frente ao Bayer Leverkusen pode ditar o fim da aventura monegasca do madeirense.

Uma década depois, o Mónaco vai regressar à Liga dos Campeões, mas a outra partida do grupo do Benfica não vai chegar na melhor altura para Leonardo Jardim. Com a equipa depauperada em termos de qualidade em comparação com a última época, os monegascos são penúltimos no campeonato francês e o tapete começa a fugir a Jardim. O técnico português afirmou na antevisão da partida frente ao Bayer Leverkusen que “quer resultados diferentes” numa “prova diferente”, mas os alemães não parecem ser o rival ideal para uma equipa em crise de resultados: os germânicos são líderes da Bundesliga e somam cinco vitórias e um empate nos seis jogos oficiais disputados em 2014-15.

Tal como Leonardo Jardim, também Carlo Ancelotti procura na Liga dos Campeões levantar a auto-estima da sua equipa. Apesar dos reforços de qualidade do plantel do Real Madrid, a chegada ao Santiago Bernabeu de pesos-pesados como James Rodríguez, Toni Kroos ou mais recentemente de Javier Hernández não se tem traduzido em resultados positivos e três derrotas (duas para o campeonato e uma na Supertaça de Espanha) em menos de um mês são difíceis de digerir para os adeptos merengues. Ancelotti, no entanto, mostrou-se confiante no início da defesa do título: “As recordações do ano passado são fantásticas e lutamos para que se possam repetir este ano. Temos hipóteses porque somos muito competitivos. Não trocaria este plantel por nenhum outro da Europa.”

Com um início de época mais tranquilo, o Basileia de Paulo Sousa também não chegará a Madrid com a moral no máximo. Os suíços sofreram no passado fim-de-semana uma derrota em Zurique, frente ao Grasshopper, e o segundo desaire no campeonato custou à formação do treinador português a perda da liderança da prova para o FC Zurique.

Para o mesmo grupo, o Liverpool terá pela frente um adversário que pode causar alguns problemas. Apesar do baixo pedigree, os búlgaros do Ludogorets Razgrad, onde jogam Vitinha e Fábio Espinho, são uma equipa organizada e que promete dar luta em Anfield Road.

Nos restantes encontros, a Juventus é amplamente favorita no Grupo A na recepção ao Malmo, enquanto o Atlético Madrid tem pela frente uma deslocação sempre difícil: jogo em Atenas, contra o Olympiacos, treinado por Michel e com três espanhóis no plantel (Roberto, Botía e Fuster).

Finalmente, no Grupo D, haverá um dos jogos da noite: Borussia Dortmund-Arsenal. No terceiro confronto entre os dois clubes nas últimas quatro temporadas, a equipa de Jurgen Klopp é favorita, mas os londrinos venceram no Westfalenstadion há 10 meses e têm qualidade suficiente para repetir a proeza. Em Istambul, o Galatasaray de Bruma não deverá deixar fugir os três pontos contra o Anderlecht.

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