José Gonçalves estava “no sítio certo” e foi o primeiro no alto de Santa Luzia

O ciclista português da Caja Rural venceu a quinta etapa da Volta a Portugal, o espanhol Gustavo Veloso mantém a amarela.

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O ciclista português José Gonçalves, da Caja Rural, venceu nesta segunda-feira a quinta etapa da Volta a Portugal, que terminou no alto de Santa Luzia, em Viana do Castelo, batendo os espanhóis Delio Fernández e o camisola amarela Gustavo Veloso, ambos da W52-Quinta da Lixa, que fizeram o mesmo tempo. Com o terceiro posto, Veloso manteve a liderança, agora com 15 segundos de avanço sobre Delio Fernández e 41 sobre o português Jóni Brandão.

Sem qualquer triunfo no currículo até à etapa desta segunda-feira, José Gonçalves soube ser paciente na subida ao alto de Santa Luzia e atacou a 200 metros da meta, batendo os consagrados Delio Fernández e Gustavo Veloso. "Estive sempre no sítio certo. Sei que o Delio e o Gustavo estão muito fortes, estar na roda deles é meia vitória. O objectivo era ganhar uma etapa na Volta, está feito", reconheceu no final o ciclista natural de Roriz.

A animação na etapa começou com uma fuga formada antes dos 12 quilómetros, com repetentes como Alberto Gallego (Rádio Popular-Boavista), na companhia do colega Nuno Bico, Domingos Gonçalves (Efapel) ou Fabricio Ferrari (Caja Rural), além de Leonel Coutinho (LA-Antarte), Henrique Casimiro (Team Tavira), Micael Isidoro (Louletano-Ruy Just Energy), Daniel Dominguez (Team Ecuador), Wouter Mol (Join's--De Rijke), Kai Reus (Verandas Willems) e Davide Vigano (Idea 2010 ASD), a lutar para recuperar a camisola dos pontos.

Os fugitivos chegaram a ter uma vantagem de quatro minutos, que foi decaindo a conta-gotas ao longo dos 169,4 quilómetros entre Braga e Viana do Castelo, até desaparecer a menos de dois quilómetros da meta, graças ao trabalho da LA-Antarte, da Efapel e da Team Tavira.

No ataque final ao alto de Santa Luzia, as escaramuças no grupo de candidatos sucederam-se, mas só o ataque de José Gonçalves conseguiu contrariar o domínio da W52-Quinta da Lixa. Ainda assim, Fernández, segundo, e Veloso, terceiro, cortaram a meta com o mesmo tempo do vencedor. "Não estou tranquilo, ainda faltam etapas", afirmou no final o camisola amarela que, sem vencer uma única tirada, tem roubado segundos todos os dias aos seus rivais, com excepção de Delio Fernández, seu colega da W52-Quinta da Lixa, que Veloso define como "um guarda-costas de luxo".

Aos adversários do galego, que lidera a geral com 15 segundos de vantagem sobre Fernández e 41 sobre Jóni Brandão (Efapel), resta agora uma solução: atacar em força e com estratégia na Torre (7.ª etapa). Mas, pelo que se viu na quinta etapa, com Jóni Brandão a desrespeitar, uma vez mais, a liderança de Alejandro Marque, a LA-Antarte a esforçar-se, sem sucesso, e a Rádio Popular-Boavista a ceder segundos no seu terreno, dificilmente alguém poderá incomodar o sempre imperturbável e cada vez mais confiante camisola amarela.

Na terça-feira, serão os sprinters a assumir o protagonismo, nos 155,3 quilómetros que vão ligar Ovar e Oliveira de Azeméis.

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