De rosto fechado. Assim surgiu Jorge Jesus após o jogo entre CSKA Moscovo e Sporting. A derrota frente aos russos colocou os “leões” fora da rota dos milhões da Liga dos Campeões. O treinador do conjunto de Alvalade elogiou os primeiros 45 minutos da sua equipa mas na segunda parte um vendaval varreu o que estava guardado. Depois da derrota na final da Taça UEFA, em 2005, o conjunto moscovita volta a bater o pé aos “verdes e brancos”.

“No futebol não há jogos controlados, estivemos melhor na primeira parte do que na segunda. Chegamos à vantagem com todo o mérito, conseguimos o nosso objectivo. E quando chegamos ao intervalo as coisas estavam mais controladas. Na segunda parte tivemos algumas falhas de posicionamento, esta equipa do CSKA não precisa de ter muita bola para criar perigo ao adversário. Na segunda parte, porém, falhámos algumas vezes na saída, não conseguimos parar as diagonais do Musa e isso foi muito prejudicial para a nossa equipa. Não conseguimos segurar a vantagem e fomos eliminados. É verdade que fizemos um golo que foi anulado, ainda não o vi, não sei se foi bem anulado. Acabamos por perder a eliminatória quando ela estava quase conseguida. Quando pensava que poderíamos ir para o prolongamento, preparei a equipa para fazer substituições, sofremos um golo quando já não esperava sofrer o 3-1”, analisou o técnico.

Afastado da fase de grupos da Liga dos Campeões, o Sporting terá de concentrar-se na Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga e campeonato. Jorge Jesus recorda, ainda, que os “leões” já conquistaram a Supertaça Cândido Oliveira ante o rival Benfica. “O resto da época? Temos o campeonato, que é o grande objectivo do Sporting. Este também era, principalmente para criarmos identidade e prestígio, há muito tempo que o Sporting não está nestas decisões, o que é importante. Temos o plano B, a Liga Europa, temos as competições em Portugal, uma já vencemos. Saímos da Champions que era financeiramente muito importante”, admitiu.

Antes do líder técnico do conjunto leonino falou Adrien Silva. O “capitão” admitiu que a segunda parte foi fatal para as aspirações da equipa. O golo anulado a Slimani foi tema de conversa. “Poderíamos estar a falar de várias situações mas não vale a apena. A que assumir os nossos erros, isso abriu as portas à reviravolta do nosso adversário. Poderíamos ter vindo com um resultado mais favorável. Mas fica a nossa má segunda parte. Golo anulado? Visão bastante apurada. Falhamos na segunda parte. É um objectivo falhado, não era a nossa ideia e não merecíamos”, observou.