João Sousa adaptou-se à altitude dos Alpes suíços e venceu em Gstaad

O tenista português obteve a sétima vitória em oito encontros disputados em 12 dias.

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Reuters

O ténis do Norte de Portugal continua de parabéns. No dia em que ficou confirmado o regresso da Taça Davis a Viana do Castelo – para a eliminatória de acesso ao Grupo I, com a Bielorrússia –, João Sousa somou mais uma vitória no ATP World Tour, dando seguimento a uma excelente fase da época. Uma semana depois de liderar a selecção na vitória sobre a Finlândia e dois dias depois de perder a final de Umag, o tenista de Guimarães teve de adaptar-se às condições de jogo em altitude da Roy Emerson Arena, em Gstaad (1050 m acima do nível do mar), Suíça e, ao mesmo tempo, ultrapassar o esforçado Henri Laaksonen (337.º ATP), que apesar do ranking bem mais abaixo, estava a jogar em casa.

“Estou contente com a vitória. Não foi fácil a minha adaptação a estas novas condições, totalmente diferentes da semana passada: muito seco, bola muito viva e o campo também não está em grandes condições. Não joguei ao meu melhor nível, nem de perto; um primeiro set mais tranquilo que o segundo, que se complicou um bocadinho, mas ele também subiu o nível”, explicou Sousa (43.º), depois de vencer no Open de Gstaad, por 6-2, 7-5, o suíço de 23 anos que, nos últimos 12 meses competiu apenas nos circuitos secundários (challenger e ITF) e representou a Suíça na eliminatória de Março, na Bélgica, onde venceu os dois singulares.

Sousa entrou no encontro da melhor forma possível, quebrando o serviço adversário no segundo break-point, uma dupla-falta. E, num longo jogo de 12 pontos, confirmou a vantagem que poderia ser ampliada se aproveitasse os dois break-points de que dispôs logo de seguida. Bem apoiado pelo público, Laaksonen cresceu e teve uma oportunidade de break, bem anulada pelo português, antes de fazer o 3-1. Um segundo break veio confirmar a superioridade de Sousa que teve de recuperar de 0-30 para fazer o 5-1. E quando voltou a servir, não teve problemas em fechar o set.

Laaksonen esteve melhor no segundo set, vencendo os primeiros jogos de serviço, ao qual o vimaranense respondeu com três jogos em que só cedeu dois pontos. A 3-3, Sousa chegou a 15-40, mas viria a desperdiçar um total de seis break-points. O tenista luso não acusou e igualou. Mas foi Sousa que teve de salvar dois set-points (15-40) antes do 5-5. Laaksonen acusou as oportunidades desperdiçadas e com a quinta dupla-falta abriu caminho para o break decisivo. A servir a 6-5, Sousa controlou o jogo e, em menos de hora e meia, concluiu com o seu terceiro ás.

Nesta quarta-feira, Sousa estreia-se em pares, ao lado do sérvio Dusan Lajovic, defrontando os argentinos Guillermo Duran e Horacio Zeballos. Na quinta-feira, disputa a segunda ronda de singulares, frente ao uzbeque Denis Istomin (70.º).

Sousa venceu os dois duelos anteriores: em 2012, na terra batida do Jamor, e este ano na relva de s’Hertogenbosch. “Conheço-o bem. Vai ser um jogo muito complicado, é um jogador muito perigoso, com pancadas fortes”, frisou Sousa, esta semana sem a colaboração do treinador Frederico Marques.


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