Jesus: “Tenho a esperança que o Benfica não tenha muitas dificuldades para vencer”

"Encarnados" defrontam, neste domingo, a Académica de Coimbra no Estádio da Luz. Fejsa e Gaitán são as principais dúvidas de Jorge Jesus.

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"O meu inglês é um inglês de praia" AFP

Depois da garantida a presença nos quartos-de-final da Liga Europa, o Benfica volta, neste domingo, a focar-se no campeonato, com a recepção à Académica de Coimbra, a contar para a jornada 24. Jorge Jesus nem sequer quer falar do AZ Alkmaar, que será o próximo adversário europeu dos “encarnados”, apenas quis falar do encontro com a formação orientada por Sérgio Conceição.

“Vamos jogar com uma equipa que tem um jovem treinador, que seguramente será um grande técnico. Sei que vamos ter imensas dificuldades, mas vamos estar preparados para elas”, afirmou o técnico “encarnado”, que espera uma Académica mais forte na Luz do que aquela que se apresentou na primeira volta e que foi derrotada por 3-0: “Cada jogo tem a sua história e ideias diferentes. Não conheço jogos iguais e espero uma Académica mais forte na segunda volta, algo que é normal. Agora, também tenho a esperança que o Benfica não tenha muitas dificuldades para vencer.”

Jesus reconhece que o excesso de jogos tem causado alguma mossa e que o tempo de recuperação não tem sido o ideal para os jogadores, mas deixou elogios à forma como as dificuldades têm sido ultrapassadas. “A resposta da equipa tem sido elevada. Face a tantos jogos, teve alguns problemas tácticos nos últimos 15 minutos e que mexeram fisicamente com a equipa. É o risco de estarmos em várias competições”, admitiu o técnico.

Depois de muitos jogos sem sofrer golos, o Benfica sofreu quatro nos últimos dois, com a coincidência de nenhum desses encontros ter tido Fejsa no “onze”, mas Jesus considera que a ausência do médio sérvio não está ligada a uma maior permeabilidade defensiva.

“O Fejsa não jogou, jogou o Ruben Amorim. Não é por jogar o Fejsa que as coisas correm melhor defensivamente, são as ideias do treinador e da equipa. O Ruben não tem jogado tanto naquela posição, neste momento o Fejsa tem melhor conhecimento da posição, mas não foi por o Fejsa não jogar naquela posição que sofremos golos, foi por outras circunstâncias. Sofremos dois golos frente ao Tottenham, frente a jogadores do melhor que há”, observou Jesus, não garantindo a utilização de Fejsa e de Gaitán neste domingo: “Tanto um como o outro já trabalharam, hoje vamos ter a definição total sobre se os posso lançar no jogo ou não”

Quem está a reentrar bem na equipa após longa ausência é Salvio e Jesus está satisfeito com o rendimento do argentino. “O Salvio deu uma resposta melhor, mostrou que já esta num nível bom, vai fazer um final de época bom”, disse. Já quanto a Cardozo, Jesus reconhece que está num mau momento: “O Cardozo esta à procura do seu ritmo com mais dificuldade, mas vai ser importante.”

O técnico do Benfica voltou a falar sobre as relações conturbadas com Tim Sherwood, treinador do Tottenham, garantindo que o seu nível de inglês não é suficiente para entrar em “mind games”. “Os mind games em Inglaterra são normais entre treinadores. O meu inglês é um inglês de praia. Tenho de me cingir ao que sou capaz de fazer melhor”, observou Jesus, explicando por que razão é que disse que Luisão era o número 3, remetendo para o tempo em que os jogadores que entravam de início tinham números de 1 a 11: “É um código. Para mim, por exemplo, o Salvio é um 7. O Luisão é um 3. O Benfica tem dois 3, ele e o Steven Vitória.”

Jesus comentou ainda o estado da arbitragem portuguesa, considerando que existem “excelentes árbitros” que precisam que tenham confiança neles e defendeu o sorteio: “Já houve e desde que a quantidade dos árbitros tenha qualidade o sorteio é bem-vindo.”

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