Golo de Marcos Rojo mantém o Sporting sonhador

Defesa-central garantiu os três pontos frente ao Vitória de Guimarães no arranque do segundo tempo ?e deixou mais perto a presença directa na Liga dos Campeões da próxima temporada

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Rafael Marchante/Reuters

A noite mais curta do ano irá manter o Sporting sonhador. Mas foi preciso sofrer muito ontem à noite e jogar nos limites para a equipa lisboeta somar mais três pontos — carimbados com um golo solitário do defesa central Marcos Rojo — e manter intactas as expectativas que ainda guarda para este campeonato. Blindou o segundo lugar, com oito pontos de vantagem para o FC Porto e reduziu para quatro a diferença para o líder Benfica.

Este domingo vai esperar pela resposta dos seus adversários, mas, a cinco jornadas do fim do campeonato e com 15 pontos em disputa, está cada vez mais perto de alcançar o objectivo assumido para esta temporada, que é a presença directa na próxima edição da Liga dos Campeões.

Frente a um adversário que não tem facilitado a vida aos “grandes” nesta temporada, os “leões” tiveram que recorrer a quase todos os seus argumentos para triunfar. E mesmo assim foi complicado, em especial pela reacção dos vitorianos na última fase do encontro, quando já muitas unidades sportinguistas pareciam esgotadas pelo esforço despendido. É verdade que tudo teria sido mais simples se a equipa de arbitragem não tivesse errado ao anular um golo a Montero, por um fora-de-jogo inexistente, que colocaria o marcador em 2-0, aos 60’.

Frente aos minhotos, Leonardo Jardim manteve, pela segunda vez nesta temporada, o “onze” que havia jogado no encontro anterior, no caso a equipa que derrotou o Marítimo, no Funchal, há uma semana, por 3-1. A exibição bem conseguida dos lisboetas na região insular agradou ao técnico madeirense, como ele próprio fez questão de salientar, e mereceu novo voto de confiança. Este foi correspondido pelos jogadores do Sporting com uma entrega absoluta na primeira metade do encontro e que poderia ter tido efeitos práticos no marcador logo nos primeiros instantes.

Aos 6’, William Carvalho e Slimani aqueceram pela primeira vez a plateia de perto de 36 mil espectadores em Alvalade. O médio português isolou o ponta-de-lança, mas o argelino, com todo o tempo e espaço para marcar, perdeu-se no lance acabando por simular uma grande penalidade que lhe valeu o primeiro cartão amarelo da noite.

A equipa de Rui Vitória apostava num meio-campo combativo para anular as unidades mais criativas “leoninas”, mas parecia impotente para travar a imaginação do jovem Carlos Mané, que voltou a jogar nas costas Slimani. Na defesa, os visitantes mostravam-se aguerridos e procuravam travar de qualquer forma as tentativas do ataque adversário, que surgiam de todos os lados. A falta era um dos recursos e, na sequência de dois livres, o pé-canhão de Jefferson esteve perto de fazer estragos. O domínio sportinguista era evidente, empolgou as bancadas, mas não teve efeitos práticos até ao apito para o intervalo.

Para a segunda metade, Jardim mexeu na equipa, fazendo entrar Montero para apoiar Simani (saiu Heldon, pouco em jogo ao longo dos primeiros 45’) e encostando Mané à direita. Mas seria o brasileiro Jefferson a fazer o cruzamento decisivo para a área, onde encontrou Rojo que, à meia-volta bateu Douglas, com a bola a sofrer um desvio que deixou sem reacção o guarda-redes visitante.

Seguiu-se um período sufocante dos “leões” que culminou com o tal golo de Montero, que encerraria um longo jejum que dura quase há três meses. O árbitro interrompeu a festa do colombiano com uma má notícia para os sportinguistas e o resultado manteve-se traiçoeiro para a equipa de Jardim.

Nessa altura, Rui Vitória mexeu na equipa, fazendo entrar Malonga e Tiago Rodrigues e o jogo equilibrou-se, muito por força da qualidade do médio português emprestado pelo FC Porto. Dois remates a cada uma das malhas laterais da baliza de Rui Patrício (71’ e 76’) e dois cabeceamentos de Tomané chegaram a assustar os lisboetas, mas só tornariam mais saboroso o prémio final.

As atenções centram-se agora na Choupana e em Braga, onde FC Porto e Benfica têm a palavra.

 

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