Fernando Mota é o quarto candidato a avançar para o COP

O ex-presidente da federação de atletismo é candidato à sucessão de Vicente Moura, mas pode haver ainda mais candidaturas.

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Fernando Mota quer voltar ao activo Nuno Ferreira Santos

Três semanas depois de ter deixado de ser presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Fernando Mota vai avançar para a liderança do Comité Olímpico de Portugal (COP), cujas eleições se realizam em Março do próximo ano.

O nome de Mota foi anunciado nesta terça-feira após uma reunião de um grupo composto por 17 federações desportivas (nem todas olímpicas) denominado por G17 e é o quarto candidato a liderar o olimpismo português, depois de já terem anunciado candidaturas Manuel Brito (ex-vice-presidente do COP), Marques da Silva (secretário-geral do COP) e Carlos Paula Cardoso (presidente da Confederação do Desporto).

Na reunião do G17, estiveram presentes representantes de 17 federações e o nome do antigo presidente da FPA foi sufragado pela maioria, com duas abstenções e um voto contra (da federação de canoagem). Mota foi, assim, o nome proposto por um grupo de quatro dirigentes mandatado pelo G17 para encontrar uma solução. Deste grupo fazem parte Jorge Viegas (motociclismo), Artur Lopes (ex-presidente da federação de ciclismo), José Luis Ferreira (presidente cessante da federação de triatlo) e o próprio Mota, que liderou os destinos do atletismo português nos últimos 20 anos.

“Fernando Mota liderou a federação mais importante do olimpismo e ia reformar-se. Entre nós era o que tinha mais experiência. Encarámos vários nomes, mas todos nos apontaram na direcção de Fernando Mota”, disse ao PÚBLICO Jorge Viegas, presidente da federação de motociclismo e designado como porta-voz deste grupo, que se formou há ano e meio. “A diferença [em relação a outros candidatos] é que este é um grupo que avançou um líder e não o contrário”, acrescentou ainda Jorge Viegas, para quem a existência de quatro candidatos à liderança do COP é “uma prova da vitalidade do movimento associativo” e admite que mais gente possa avançar, embora considere “difícil existirem mais listas”.

Encontrado um líder, este grupo de trabalho vai agora continuar para formar uma lista e o programa eleitoral.

De acordo com os estatudos do COP, as candidaturas ao organismo têm de ser subscritas por um quarto das federações olímpicas, sendo que as listas terão de ser apresentadas até 10 de Fevereiro do próximo ano. Entre as federações poderão, no entanto, surgir mais candidaturas, segundo apurou o PÚBLICO, até porque esta proposta foi subscrita, para já, por nove federações (nem todas olímpicas) e são 30 as federações que fazem parte do organismo ainda presidido por Vicente Moura.

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