“Fedrinka” colocam a Suíça perto da conquista da Taça Davis

Neste domingo, Roger Federer pode dar a primeira "saladeira" ao seu país.

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A dupla suíça festeja mais um ponto ganho aos franceses Gonzalo Fuentes/Reuters

As duplas da França e da Suíça entraram no Stade Pierre-Mauroy ao som de “Welcome to the jungle”, dos Gun’s and Roses. Mas a larga maioria dos 27 mil espectadores – entre os quais estava o presidente francês François Holland – foi aos poucos deixando de se ouvir e após a vitória de Roger Federer e Stan Wawrinka, foi a minoria suíça a fazer a festa: a Suíça lidera a final da Taça Davis por 2-1 e só precisa de ganhar um dos dois singulares de domingo para conquistar a sua primeira “saladeira”.

Devido a uma pequena lesão de Jo-Wilfred Tsonga, a França apresentou Richard Gasquet ao lado de Julien Benneteau, uma estreia na Taça Davis. Ambos detinham o mesmo registo (16 vitórias-10 derrotas) da dupla suíça, conhecida por “Fedrinka”, embora esta tenha mais experiência na competição, mas sem grande sucesso recente: o último encontro que ganharam na prova foi diante de Frederico Gil/Leonardo Tavares, em Julho de 2011, tendo perdido os quatro seguintes.

Mas a Suíça preparou-se bem para esta final e contratou na semana passada, durante o Masters de Londres, o australiano David Macpherson, treinador de Bob e Mike Bryan, crónicos números um do ranking de pares. E a dupla que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, realizou uma exibição muito sólida para vencer, por 6-3, 7-5 e 6-4, e tornar-se na primeira dupla de jogadores do "top-10" de singulares a ganhar numa final da Taça Davis desde 1973.

Federer abriu e fechou com autoridade a partida inicial, decidida num único break, que deu o 4-2 à Suíça. No segundo set, os franceses reagiram e dispuseram de cinco break-points; o número um suíço teve de anular um e Wawrinka, quatro. A 4-4, os suíços tiveram duas oportunidades de quebrar Benneteau, mas foi no serviço de Gasquet que obtiveram um break crucial, para 6-5. Wawrinka serviu um jogo em branco que deu à Suíça uma enorme confiança. No terceiro set, à quinta oportunidade, no serviço de Benneteau, a Suíça passou para a frente: 3-2. E como no set inicial, os suíços não enfrentaram nenhum break-point, controlando a vantagem até fecharem, ao fim de duas horas e 12 minutos.

“Claro que é um grande alívio. Um grande agradecimento ao departamento médico, obrigado por me meterem novamente no court. Stan tem me apoiado de forma incrível”, afirmou Federer, que se mostrou recuperado do problema nas costas e perdeu somente nove pontos nos seus nove jogos de serviço.

Wawrinka esteve igualmente bem, com 10 pontos perdidos a servir: “Estou muito contente com a forma como jogámos hoje. Fomos mesmo agressivos, sabíamos o que tínhamos de fazer e penso que fizemos um bom trabalho.”

Em apenas duas edições nos últimos 25 anos, a equipa que entrou no último dia em desvantagem (1-2) conseguiu vencer, e ambas frente à França: Rússia, em 2002, e Sérvia, em 2010. E a França só o fez uma vez… em 1927, quando ganhou a primeira de nove Taças Davis.

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