Federer carrega esperança suíça nas costas

A França recebe, em Lille, a 103.ª final da Taça Davis, onde enfrenta a Suíça, que tem na condição física de Federer uma dor de cabeça.

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Federer a treinar-se antes do embate com a França na Taça Davis Pascal Rossignol/Reuters

A presidente da câmara de Lille admitiu que nunca tinha recebido tantas mensagens de pessoas que diziam a conhecer (ou que conhecem alguém que a conhece) para lhe pedir bilhetes para a final da Taça Davis, entre a França e a Suíça. E, no entanto, o Stade Pierre-Mauroy foi escolhido também por oferecer uma capacidade para 27 mil espectadores — o que leva os organizadores a esperarem bater o recorde de 27.200 pessoas presentes na final de 2004, entre a Espanha e os EUA, no Estádio Olímpico de Sevilha. Para já, há a certeza de que Roger Federer vai entrar no court para defrontar Gael Monfils. Antes, Stan Wawrinka defronta o número um francês, Jo-Wilfred Tsonga.

Federer está a recuperar dos espasmos nas costas que o impediram de disputar a final do Masters com Novak Djokovic e só na quarta-feira à tarde é que voltou a pisar o court e bateu umas bolas durante 20 minutos. Nesta quinta-feira, o número um suíço treinou-se durante mais tempo e sentiu-se bem, mas não tem a certeza de como irá corresponder. “Só um encontro poderá dar as respostas, mas já estou muito contente por poder jogar amanhã [hoje]. Mesmo se estiver a 100% vai ser difícil, por causa do público, do meu adversário. É como o primeiro encontro de um torneio, ninguém sabe o que se vai passar. Terra batida num court coberto… há muitas interrogações para todos, incluindo eu próprio”, afirmou Federer.

Esquecida ficou a polémica com Wawrinka, surgida na meia-final do Masters de Londres disputada entre os dois, durante a qual a mulher de Federer, Mirka Vavrinec chamou “bebé chorão” a Stan, para o que muito contribuiu o facto de um dos treinadores do número dois do ranking, Severin Lüthi, ser igualmente o capitão da selecção. Logo na segunda-feira, Federer publicou uma foto com Stan e a restante equipa mostrando o bom ambiente na equipa.

Ao contrário de Lüthi, o capitão Arnaud Clément tem mais soluções na equipa que, como curiosidade, tem o facto de todos residirem na Suíça: Tsonga, Monfils, Richard Gasquet, o especialista de pares Julien Benneteau e o suplente Gilles Simon.

As duas selecções não se defrontam desde 2004, mas os franceses tem um palmarés invejável: nove triunfos e outras sete finais. A Suíça chegou uma única vez à final da Taça Davis, em 1992 – ano da última vitória sobre a França.

ATP Tour ainda pode passar por Portugal
Depois de conhecida a desistência de João Lagos à organização do Portugal Open em 2015, por não ter conseguido reunir as condições precisas, nomeadamente, patrocinadores, houve quem tentasse manter Portugal no mapa do circuito ATP. Nos dois últimos dias têm sido desenvolvidos contactos e reuniões entre empresários portugueses na busca de patrocínios, em Portugal e no estrangeiro, de modo a reunir 2 a 2,5 milhões de euros (dependendo do valor a despender com os cachets dos jogadores) necessários e que, depois, possam desencadear o processo de organização de um evento do circuito profissional masculino, como tem acontecido desde 1990. Para a semana já poderá haver novidades, embora a ATP tenha dado um prazo mais alargado para se reunirem as condições exigidas. No calendário do ATP Tour para 2015, a semana de 27 de Abril a 3 de Maio continua com um espaço em aberto para mais um evento, embora nessa data se realizem igualmente torneios em Munique e Istambul, este uma estreia.

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