O projecto Lopetegui começou com 17 anos e cinco meses

Um golo de Rúben Neves, no primeiro quarto de hora, e outro de Jackson Martínez, a fechar, valeram os primeiros três pontos da época aos "dragões".

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Rúben Neves celebra o primeiro golo Miguel Riopa/AFP
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Jackson tenta o remate acrobático Miguel Riopa/AFP
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Indi e Herrera tentam o cabeceamento ao segundo poste Miguel Riopa/AFP
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Danilo Pereira protege a bola de Oliver Torres Miguel Riopa/AFP

Tal como tinha acontecido nos dois anos anteriores, Jackson Martínez voltou a marcar no arranque da época do FC Porto, mas o golo que realmente decidiu a entrada vitoriosa (2-0) do clube portista no campeonato, perante o Marítimo, no Estádio do Dragão, chegou de onde não se esperava. O colombiano fechou o resultado no último lance do encontro que inaugurou a Liga, mas foi Rúben Neves o autor do primeiro golo da prova, nos primeiros minutos da partida.

Em princípio, o médio português estaria nesta altura ao serviço da equipa júnior (eventualmente da B), mas a verdade é que se tornou o jogador mais jovem de sempre dos “azuis e brancos” a marcar em jogos do campeonato (e provavelmente também nas outras provas), ajudando a assegurar uma estreia positiva ao espanhol Julen Lopetegui, o homem que apostou nele para titular, aos 17 anos, cinco meses e três dias.

Esse recorde roubou-o à lenda portista Fernando Gomes, que se estreou e marcou com 17 anos e nove meses, em 1974. E foi por um dia apenas que Rúben Neves não igualou o registo de Bruno Gama, ainda o mais jovem a jogar e a ser titular pela equipa na Liga, depois de defrontar o V. Setúbal em 2005. Kadú, que também jogou com 17 anos (mais cinco meses e 13 dias) no campeonato, continua, contudo, a ser o mais jovem de sempre em jogos oficiais, ao ser suplente utilizado contra o Pêro Pinheiro, num jogo a contar para a Taça de Portugal, disputado em Outubro de 2011, aos 16 anos.

A primeira aparição oficial do FC Porto de Lopetegui não foi memorável, mas a equipa fez o suficiente para vencer com justiça, diante de um Marítimo que conseguiu criar alguns problemas ao adversário no contra-ataque, embora tenha estado “curto” em campo e só tenha disposto de uma verdadeira oportunidade de golo, desperdiçada por Edgar Costa, aos 33’, quando surgiu praticamente na cara de Fabiano.

Nessa altura, já o FC Porto estava em vantagem, graças ao remate de pé direito desferido pelo jovem da formação portuense, após um pontapé de canto (12’).

Lopetegui e Leonel Pontes, dois técnicos com experiência recente de selecção, apostaram ambos em quatro reforços de início. Além de Neves, o espanhol optou pelo argelino Brahimi, que deixou indicações de ser um óptimo reforço para o FC Porto, Óliver Torres e Martins Indi. Os insulares estrearam Gallo, Fernando Ferreira, Dyego Sousa e Edgar Costa.

Danilo (28’) e Brahimi (43’) protagonizaram os remates mais perigosos dos portistas durante a primeira parte, além daquele que resultou em golo. Na segunda, o melhor marcador das duas últimas Ligas poderia ter facturado em duas ocasiões antes de efectivamente marcar (90+4), após uma diagonal e uma grande assistência de Tello. Adrián López, o reforço mais caro dos “dragões”, não saiu do banco.

O próximo encontro dos portistas é com o Lille, para a Liga dos Campeões, na quarta-feira.

Ficha de jogo

FC Porto, 2
Marítimo, 0

Estádio do Dragão, no Poto
Assistência 48.036 espectadores

FC Porto Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Rúben Neves (Evandro, 74'), Herrera (Casemiro, 57'), Oliver Torres, Brahimi (Tello, 80'), Quaresma, Jackson.
Treinador Julen Lopetegui.

Marítimo Salin, João Diogo, Bauer, Gegé, Ruben Ferreira, Danilo Pereira, Fernando Ferreira (Maazou, 83'), Gallo (Weeks, 66'), Fransérgio, Edgar Costa (Kukula, 73') e Dyego Sousa.
Treinador Leonel Pontes.

Árbitro Carlos Xistra (Castelo Branco)
Amarelo Gegé (58')

Golos 1-0, por Rúben Neves, aos 12'; 2-0, por Jackson, aos 90+4'.

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