Ex-presidente da Real Sociedad diz que antecessores compravam substâncias dopantes

Iñaki Badiola denuncia a existência no clube de um “saco azul” para esse fim.

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Existia doping na Real Sociedad, acusa o ex-presidente Leonhard Foeger/Reuters

Com uma passagem pela presidência da Real Sociedad entre Janeiro e Dezembro de 2008, Iñaki Badiola reafirmou, numa entrevista publicada no diário desportivo espanhol As, que quando chegou ao clube constatou que existia um “saco azul” para a compra de substâncias dopantes.

“Durante as sete épocas anteriores à nossa direcção, os responsáveis do clube geriam um fundo extraordinário para a compra de medicamentos e produtos considerados dopantes”, defendeu Iñaki Badiola, presidente da Real Sociedad entre Janeiro e Dezembro de 2008.

Durante a entrevista ao jornal As, Iñaki Badiola acusa os médicos Eduardo Escobar e Antxon Gorrotxategi de terem comprado produtos proibidos no mercado negro, com o conhecimento dos responsáveis do clube basco.

Badiola avança ainda a possibilidade de ligação entre este caso e o processo Operação Puerto, a decorrer na justiça espanhola, que envolve o médico Eufemiano Fuentes como principal suspeito. Esta suspeita é sustentada com a referência a uma sigla “RSOC (Real Sociedad)” em documentos na posse de Eufemiano Fuentes e que foram, no âmbito do processo Operação Puerto, apreendidos pela polícia espanhola.

A Real Sociedad decidiu, entretanto, não comentar as revelações de Iñaki Badiola.

O presidente da Liga de Futebol Profissional, José Luis Astiazarán – presidente da Real Sociedade entre 2001 e 2005 –, emitiu um comunicado a negar ter tido conhecimento da realização de qualquer prática ilegal por parte do departamento médico do clube.
 

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