Djokovic e Federer revivem na relva duelos entre Becker e Edberg

Petra Kvitova e Eugenie Bouchard discutem, neste sábado, o título feminino de Wimbledon.

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Djokovic teve que sofrer para bater Dimitrov Toby Melville/Reuters

Boris Becker e Stefan Edberg vão voltar a defrontar-se numa final de Wimbledon. Depois de discutirem o título entre 1988 e 1990 (duas vitórias para Edberg), os dois vão estar neste domingo, novamente em campos opostos. Só que, desta vez, nenhum irá pisar a relva do court central do All England Club, já que serão os seus pupilos, respectivamente, Novak Djokovic e Roger Federer os derradeiros candidatos ao título britânico.

Para Djokovic, será a 13.ª final do Grand Slam (seis títulos). Contudo, o sérvio só ganhou uma (Austrália, em 2013) das seis últimas que disputou. Federer já vai em 25 finais do Grand Slam. Amanhã, o suíço vai procurar um inédito (na Era Open) oitavo título em Wimbledon e elevar o seu recorde de 17 títulos conquistados nos majors.

Djokovic foi quem teve mais dificuldades em qualificar-se para o derradeiro encontro, pois teve de defrontar Grigor Dimitrov (13.º ATP), campeão junior em Wimbledon em 2008 e apontado como um futuro número um do ranking. Depois de um set inicial pouco conseguido, o búlgaro mostrou a qualidade do seu ténis e graças a uma grande entrega e capacidade física, colocou o sérvio sob pressão. Houve pontos muito físicos, com ambos a terem por vezes dificuldades em equilibrarem-se, devido ao desgaste do court. Mas a maior experiência de Djokovic acabaria por fazer a diferença para vencer, por 6-4, 3-6, 7-6 (7/2) e 7-6 (9/7).

Dimitrov teve muitos altos – no segundo set, somou cinco jogos seguidos desde o 1-3 e, no quarto, recuperou um break de desvantagem e liderou o tie-break por 6/3 – mas também vários baixos – no tie-break do terceiro set, cometeu uma dupla-falta para 2/5 e, no tie-break do quarto, desperdiçou três set-points, o último com uma dupla-falta

“Foi uma meia-final com uma futura estrela, bem, já é um jogador de top, bateu Murray, merece respeito. Ele tem pancadas de qualidade, em especial a direita em corrida, tem grande toque, joga muito bem a atacar ou a defender, melhorou muito, nos últimos seis ou oito meses”, elogiou Djokovic, que vai procurar o seu sétimo título do Grand Slam. “O quarto set podia ter caído para qualquer lado. Acima de tudo, estou contente por chegar a outra final de Wimbledon”, reconheceu o sérvio, que vai disputar a terceira final de Wimbledon nos últimos quatro anos.

Já Dimitrov, sentiu que poderia ter feito melhor, mas sem dúvida que confirmou os progressos recentes e que o vão levar ao top 10. “É uma derrota difícil de engolir, mas mérito para Djokovic que no final mereceu ganhar, lutou muito no tie-break. Foi um bom torneio, tiro vibrações positivas”, admitiu o búlgaro.

Federer confirmou o registo intocável de nove meias-finais ganhas em Wimbledon e derrotou Milos Raonic (9.º), com precisão suíça: 6-4, 6-4 e 6-4. O encontro começou com Federer a breakar o canadiano, o que lhe valeu o set. A segunda partida foi mais equilibrada, mas, a 4-4, Raonic viu-se sem primeiro serviço. Cometeu uma dupla-falta, falhou incrivelmente um smash… e Federer breakou para fechar a partida de seguida. O terceiro teve uma história igual, com um único break no nono jogo a decidir.

“Foi um encontro de grande concentração, tive de me focar em todos os pontos, aliás como sempre, mas em especial hoje nos meus jogos de serviço porque sabia que iria ter poucas oportunidades na resposta”, explicou Federer, que já garantiu a subida ao terceiro lugar do ranking.

Mais importante para o suíço é a hipótese de ganhar mais um grande título. “Sei que não terei mais 10 finais para disputar e ter uma outra oportunidade é fantástico”, admitiu Federer.

Neste sábado (14 horas), a checa Petra Kvitova vai tentar repetir o título de 2011, diante da canadiana Eugenie Bouchard, estreante em finais do Grand Slam.

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