Depressão e euforia em confronto no Estádio do Dragão

FC Porto e Rio Ave defrontam-se para o campeonato depois de obterem resultados opostos na Taça de Portugal.

Foto
Quaresma e Fernando não defrontam o Rio Ave Reuters

Ainda na ressaca das meias-finais da Taça de Portugal, FC Porto e Rio Ave defrontam-se esta noite, às 20h00, no Estádio do Dragão, com estados de espirito que não podiam ser mais díspares. Se para os vila-condenses a passada quinta-feira terminou em euforia, após a equipa de Vila do Conde garantir a presença na segunda final da época, para os “dragões” foi a confirmação que 2013-14 será uma das temporadas mais negativas da era Pinto da Costa. Sem Fernando e Quaresma, Luís Castro voltou a convocar Kelvin.

Com o segundo lugar oficialmente entregue ao Sporting e o terceiro posto seguro por cinco pontos de vantagem sobre o Estoril, ao FC Porto já pouco mais resta do que tentar atenuar perante os seus adeptos a má imagem deixada durante a época. No entanto, perante uma equipa especialista em jogar na condição de visitante, Luis Castro estará privado de duas peças fundamentais nos “azuis e brancos”: Fernando e Quaresma estão castigados.   

Sem o médio defensivo, Defour vai recuar novamente para a posição “6”, abrindo no meio campo uma vaga que deverá ser entregue a Quintero. Para o lugar de Quaresma, a opção mais forte é Ghilas, surgindo como alternativa Licá.

Com “motivação máxima”, o Rio Ave viveu nos últimos dias “um clima de alegria e satisfação”, mas Nuno Espírito Santo garante que “as euforias já passaram”. Garantida a presença na final da Taça de Portugal e um lugar na próxima edição da Liga Europa, o treinador dos vila-condenses afirma que “este jogo já é outra realidade” e que será encarado “com seriedade e respeito pelas dificuldades que o adversário vai causar”. “A motivação é máxima, na perspectiva de conseguir sempre o melhor resultado, independentemente do sucesso que tivemos nas taças. Nunca é fácil defrontar o FC Porto no Estádio do Dragão, é uma grande equipa e tem grandes jogadores”, salienta Nuno Espírito Santo.

O técnico não esconde que “tudo o que seja pontuar na casa dos grandes clubes é um orgulho” para o Rio Ave e desvaloriza as ausências de Fernando e Quaresma, ambos castigados: “São ausências de jogadores importantes, que têm trajecto no clube, mas a elevada qualidade do plantel permite que tenham outras boas opções e [o FC Porto] nunca será uma equipa fragilizada”.

Confrontado com o que será o seu futuro como treinador, Nuno Espírito Santo preferiu jogar à defesa. “É de um absoluto egoísmo projectar algo individual quando temos tantas coisas importantes a disputar. Não tenho tempo para tal. Vai chegar o momento certo e esse momento é o final da época. Temos ainda três jogos importantes no campeonato e duas finais fantásticas”.

Sugerir correcção
Comentar