Dakar 2014 será mais longo e contará com nove portugueses

A prova, que será disputada de 5 a 18 de Janeiro, será realizada pela sexta vez na América do Sul.

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Paulo Gonçalves diz que vai ser que vai ser "um Dakar mais difícil do que o anterior" Reuters

Nove pilotos portugueses vão enfrentar em 2014 um Rali Dakar mais longo, cuja 35.ª edição, sexta na América do Sul, cresceu cerca de 1.000 quilómetros, apelando à capacidade de resistência, e fará uma inédita incursão na Bolívia.

Com mais 400 pilotos inscritos - incluindo sete portugueses nas motos e dois nos carros -, esta edição será disputada de 05 a 18 de Janeiro, entre Rosario, a Argentina, e Valparaiso, no Chile, com uma passagem nos planaltos da Bolívia reservada em exclusivo aos "motards", anunciou hoje em Paris o director da prova, o francês Etienne Lavigne.

A grande especificidade do Dakar2014, denominada "Odisseia", serão as cinco classificativas desenhadas "em percursos inteiramente separados", um para motos e 'quads' e outro para carros e camiões, numa distância a rondar 2.000 km cronometrados, ou seja, 40% do percurso.

O itinerário do mais importante rali todo-o-terreno do mundo terá 9.374 km para os carros, dos quais 5.552 de "especiais", enquanto as motos terão de percorrer 8.734 km, incluindo 5.228 de troços cronometrados, repartidos em ambos os casos por 13 etapas, intervaladas por um dia de descanso a 11 de Janeiro.

"Virámo-nos para a resistência, do homem e da máquina", assinalou o director desportivo do Dakar, David Castera. "O depósito de água vai voltar a ter importância, tal como a gestão da equipa", acrescentou o autor do traçado, que entre o 'salar' de Uyuni, o maior deserto de sal do Mundo, e o deserto do Atacama vai testar os limites dos pilotos, igualmente postos à prova em duas etapas maratona sem assistência.

Presente na apresentação, o português Paulo Gonçalves (Honda), décimo classificado na edição de 2013 e recém-sagrado campeão do Mundo de todo-o-terreno em motos, não se mostrou surpreendido com o que ouviu e considerou que vai ser "um Dakar muito difícil, mais difícil do que o anterior".

"Temos a novidade que é a introdução de um novo país, a Bolívia, será uma passagem com algumas dificuldades por ser uma etapa 'maratona', atravessaremos o gigantesco 'salar' sem assistência. Além disso, temos todas as outras dificuldades normais do rali e temos de estar preparados, o Dakar nunca é fácil e este não será uma excepção", afirmou o piloto português.

Outro dos "motards" lusos, Hélder Rodrigues (Honda), sétimo em 2013, destacou "as etapas em altitude, na Bolívia", onde se atingirão os 3.600 metros, como outro ponto de dificuldade deste Dakar, que conta ainda, nas duas rodas, com Ruben Faria (KTM), segundo no ano passado, Pedro Bianchi Prata (Husqvarna), Victor Oliveira (Husqvarna), Pedro Oliveira (Speedbrain) e Mário Patrão (Suzuki).

Nos carros, Portugal estará representado pelas duplas Carlos Sousa/Miguel Ramalho (Haval) e por Francisco Pita/Humberto Gonçalves (SMG), enquanto Paulo Fiúza será mais uma vez co-piloto do argentino Orlando Terranova.
À partida estarão os vencedores do ano passado em motas e carros, respectivamente os franceses Cyril Despres e Stéphane Peterhansel, o qual procura uma 12.ª vitória, a sexta nos automóveis, depois de outras tantas nas motas.

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