O futebolista português Cristiano Ronaldo tem o registo individual de 178 golos em 165 jogos na Liga espanhola de futebol, mas, em cinco épocas, apenas “conduziu” o Real Madrid a um título.

Em 2011/12, o “7” dos “merengues” disputou os 38 encontros da prova, marcou a todos os adversários e totalizou 46 golos, um deles o que decidiu o título, o da vitória em Nou Camp, face ao FC Barcelona, de Pep Guardiola, por 2-1.

Na segunda época sob o comando de José Mourinho, os “blancos” venceram com uns “redondos” 100 pontos e um recorde de 121 golos marcados para apenas 32 sofridos, superando a formação da Catalunha por nove pontos.

Foi, porém, a excepção que confirma a regra, pois o Real Madrid falhou o ceptro nas restantes quatro épocas, batido pelo FC Barcelona, em 2009/10, 2010/11 e 2012/13, e pelo Atlético Madrid, na época passada, terminando no terceiro posto, em igualdade pontual com o vice-campeão “Barça”.

O escasso título colectivo contrasta claramente com o que têm sido as estatísticas individuais de Cristiano Ronaldo, que começou a impressionar logo na primeira época, ainda assim a única em que apresentou menos golos do que jogos.

A abrir e com uma lesão pelo meio que lhe “roubou” nove jogos, o internacional luso apontou 26 golos, em 29 jogos, ficando no terceiro posto dos marcadores, atrás dos argentinos Lionel Messi (FC Barcelona) e Gonzalo Higuain (Real Madrid), que apontaram 34 e 27, respectivamente.

Na sua segunda época, já com o “7”, herdado de Raul, em vez do “9”, Ronaldo chegou aos 41 tentos (34 encontros), um novo recorde da prova, superando os 38 de Zarra (Athletic), em 1950/51, e do mexicano Hugo Sanchez (Real Madrid), em 1989/1990.

O melhor marcador da história da selecção portuguesa de futebol conquistou o primeiro “Pichichi” e arrebatou a sua segunda “Bota de Ouro”, depois de uma primeira em 2008/09, ao serviço do Manchester United.

Na temporada seguinte, a do único título, Ronaldo fez ainda melhor, com 46 golos, mas, por incrível que pareça, não foi o melhor marcador – Messi chegou aos 50.

Em 2012/13, os golos do português caíram para 34, em outros tantos jogos, ficando, uma vez mais, no segundo posto dos marcadores, atrás do inevitável argentino, autor de 45.

Na época passada, Cristiano Ronaldo rubricou o seu pior registo desde a estreia, ao “ficar-se” pelos 31 golos, em 30 encontros, ainda assim suficientes para um segundo “Pichihi” e uma terceira “Bota de Ouro”, esta em parceria com o uruguaio Luis Suarez, que, entretanto, trocou o Liverpool pelo “Barça”.

No total, e à entrada para a sexta época, Cristiano Ronaldo soma 178 golos e está a um passo do pódio dos melhores marcadores de sempre do Real Madrid na Liga espanhola – Santillana, terceiro do ranking, soma 186.

O português vai, certamente, subir ao terceiro posto e até pode chegar ao segundo, na posse do recentemente falecido Alfredo Di Stefano, que marcou 216 tentos. O recorde de Raul (228 golos, em 550 jogos) deverá aguentar-se até 2015/16.

No que respeita à história da prova, o líder é Zarra, com 251 golos (em 277 jogos), mas Messi tem o recorde em mira, pois já conta 243 (também em 277), 188 dos quais nas últimas seis épocas (mais uma dezena do que Ronaldo).