Contador, sobre a confissão de Armstrong: "As revelações não apanharam ninguém de surpresa"

O ciclista espanhol assume que é "duro para a imagem" da modalidade lidar com um caso desta magnitude. Mas sublinha que o passado é para ficar para trás.

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Contador sai de cena por uns tempos Foto: Enrique Calvo/Reuters

O espanhol Alberto Contador, vencedor de duas edições da Volta a França, considerou este domingo que a confissão de Lance Armstrong foi um golpe “duro” para a imagem do ciclismo, mas permitiu fechar o capítulo do passado.

“A verdade é que é algo duro para a imagem do ciclismo, mas quero ficar com o positivo, que é a possibilidade de isto permitir encerrar um capítulo do passado de uma vez por todas, para que possamos concentrar-nos no presente e no futuro desta bonita modalidade”, explicou o espanhol, num encontro com a imprensa, antes do arranque do Tour de San Luis, na Argentina.

Contador, que perdeu a vitória na Volta a França 2010, devido a um teste antidoping positivo por clembuterol, frisou que é preciso deixar de lado a década passada e pensar no futuro.

“É um tema de que se fala há demasiado tempo e o que queremos é esquecer. As revelações da entrevista não apanharam ninguém de surpresa”, defendeu o “dono” de cinco grandes Voltas.

Também Miguel Indurain, cinco vezes vencedor do Tour, lamentou, na sua coluna no diário desportivo Marca, os danos que o assunto causou no ciclismo. “O caso Armstrong fez muito mal ao nosso desporto, (...) sobretudo num momento em que todos – corredores, organizadores, equipas – estão a fazer um esforço para corrigir os erros e seguir em frente”, destacou.

Para o antigo ciclista, que recuperou o estatuto de recordista de triunfos na Volta a França depois de o norte-americano ter tido todos os seus resultados desportivos desde 1998 apagados, o processo contra o ex-heptavencedor do Tour mostrou “a imperfeição dos testes antidoping”. 

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