Fórmula E: começou o mundial dos carros eléctricos

Piloto brasileiro Lucas di Grassi vence primeira prova, em Pequim.

Lucas di Grassi beneficiou de acidente de Nicolas Prost na última volta
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Lucas di Grassi beneficiou de acidente de Nicolas Prost na última volta BARRY HUANG/REUTERS
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O brasileiro Lucas di Grassi junto ao seu Audi Sport ABT REUTERS/Petar Kujundzic
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O Andreatti conduzido por Franck Montagny antes do início da corrida REUTERS/Petar Kujundzic
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O francês Nicolas Prost na grelha de partida durante as sessões de qualificação REUTERS/Petar Kujundzic
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Uma modelo junto a um kart eléctrico no padock do circuito chinês AFP/GOH CHAI HIN

Não há aquele ruído ensurdecedor e fascinante. Nem o cheiro a combustível. Na Mundial de Fórmula E, que começou este sábado em Pequim com a vitória do brasileiro Lucas di Grassi, os carros são movidos a electricidade.

O torneio terá dez corridas, com dez equipas e 20 pilotos. Na primeira prova, em Pequim, Nicolas Prost – filho de Alain Prost, tetracampeão mundial de Fórmula 1 –tinha partido na pole position e mantinha a liderança praticamente até ao final. Mas na última volta, bateu contra o segundo colocado Nick Hedifeld. Grassi saiu beneficiado e terminou em primeiro lugar.

O Mundial de Fórmula E reúne alguns sucessores de lendas da Fórmula 1. Além de Nicolas Prost, também participam os brasileiros Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, e Nelsinho Piquet, filho de Nelson Piquet.

Dentre os 20 pilotos, está também o português António Félix da Costa, que não participou, no entanto, da corrida inaugural, por estar a disputar uma prova do campeonato de Turismos da Alemanha (DTM).

Ao invés de motores a combustão, os carros têm uma bateria e um motor eléctrico. Chegam a 220 quilómetros por hora e produzem um ruído um pouco mais intenso do que o de um automóvel normal – 80 decibéis. O barulho provocado por um carro de Fórmula 1 chega a 130 decibéis, acima do limiar da dor.

A grande limitação da Fórmula E – como em todos os carros eléctricos – é a bateria. As corridas são de aproximadamente uma hora, mas como a autonomia da bateria só dá para metade, o piloto simplesmente muda de carro a meio.

Embora o motor dos carros em si não polua o ar, o seu impacto depende da forma como a electricidade é produzida. Na China, com a maior parte da produção eléctrica a cargo de poluentes centrais térmicas, o saldo não será favorável.

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