Berdych nas meias-finais de Paris e nas “finais” de Londres

Eliminado por Raonic, Federer ficou mais longe do primeiro lugar do ranking.

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Berdych festeja o seu apuramento para o Masters de Londres Benoit Tessier/Reuters

Tomas Berdych é o sexto jogador a qualificar-se para o ATP World Tour Finals, em Londres. O checo vai disputar o último evento do circuito profissional masculino pelo quinto ano consecutivo, após derrotar Kevin Anderson e passar às meias-finais do BNP Paribas Masters, torneio parisiense que venceu há nove anos. Não foi a sua melhor exibição, mas Berdych mostrou um maior querer que o sul-africano.

“É mais recompensador quando se ganha um encontro assim, em quese tem de lutar mesmo pela vitória. O que é bom no ténis é que os jogadores com as melhores estatísticas nem sempre ganham”, explicou Berdych, que somou a 12.ª vitória em outros tantos embates com Anderson (sete em Masters 1000 e cinco em Grand Slams), por 6-7 (4/7), 6-4 e 6-4.

O checo cometeu cinco duplas-faltas e recuperou de 1-3 no set decisivo, após conseguir o break crucial a 4-4 e fechar ao fim de duas horas e meia de jogo. Este ano, Berdych conquistou dois títulos, em Roterdão e Estocolmo, três finais (Dubai, Portugal Open e Pequim), além de uma meia-final no Open da Austrália.

Para repetir a final de 2005 no Palais Omnisports de Bercy, Berdych terá de ultrapassar Milos Raonic que assinou uma exibição de gala para obter a primeira vitória sobre Roger Federer em sete duelos.

“Considerando todas as circunstâncias à volta do encontro, penso que foi a minha maior vitória”, admitiu o canadiano, após vencer, por 7-6 (7/5), 7-5.

Federer só dispôs de um break-point em todo o encontro, a 4-5 (30/40), que lhe daria o segundo set, mas foi-lhe negado pelo canadiano com o 22.º ás. Raonic capitalizou o momento e quebrou o serviço do suíço – apenas a segunda vez que ‘breakou’ Federer no seus sete confrontos.

Mas não foram só os 22 ases; Raonic ganhou 85 por cento dos pontos disputados com o primeiro serviço, cometeu apenas uma dupla-falta e somou 45 winners (mais 20 que o suíço). “Ele serviu bem quando teve de o fazer. Foi um encontro clássico de court coberto: decidiu-se por uns pontos aqui e ali”, reconheceu Federer, que estava numa série de 14 encontros ganhos.

Mais reduzida ficou a possibilidade de o suíço destronar Novak Djokovic do primeiro lugar do ranking, o que ainda poderá acontecer no Masters. “Sempre pensei que iria ser resolvido em Londres. Se vou ser número um no final desta época ou uma ou duas semanas mais tarde, no próximo ano, não interessa. De qualquer forma, Novak parece estar em forma”, disse Federer, ainda antes de Djokovic entrar no court.

De facto, o sérvio mostrou estar em boa condição ao vencer Andy Murray, por 7-5, 6-2. O britânico serviu no segundo set a 2-1, mas não teve energia para manter a vantagem de um break e acompanhar o nível de jogo de Djokovic.

Raonic ainda não tem um lugar no Masters garantido, a não ser que o japonês Kei Nishikori vencesse David Ferrer no último encontro da sessão nocturna, entre dois candidatos com hipóteses de estarem a Londres. Em caso de derrota do espanhol, Raonic e Nishikori ocuparão os dois lugares vagos no evento que se inicia dia 9.

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