Ayana de novo perto do recorde dos 5000m

Etíope fixou uma nova melhor marca pessoal e ficou a pouco mais de um segundo do máximo absoluto.

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TIZIANA FABI/AFP

Roma, a cidade eterna, foi nesta quinta-feira palco do quinto meeting da Liga de Diamante do atletismo em 2016 e, uma vez mais, a figura principal foi a pequena, mas fenomenal, fundista Almaz Ayana. A etíope protagonizou um filme já visto, ficando muito próxima, mais próxima do que nunca, do recorde mundial dos 5000m. Com 14m12,59s bateu o máximo pessoal e passou a ser a segunda mais rápida da história na distância - agora, só a marca de 14m11,15s, estabelecida em Oslo pela sua compatriota Tirunesh Dibaba, em Junho de 2008, a supera.

A maneira como o recorde ficou de novo à vista para Ayana foi dramática. O papel das lebres voltou a ser pouco conseguido e a etíope ficou sozinha em pista exactamente aos 2200m de corrida, portanto, com 2800m pela frente. Ao terceiro quilómetro ainda tinha oito segundos de avanço sobre os tempos de passagem do recorde, mas o quarto quilómetro, de longe o mais lento de todos, com 2m53,14s, colocou tudo em causa. Apesar do seu esforço, o nível de desgaste voltou a levar a melhor sobre Ayana na parte final e o recorde aguentou-se por segundo e meio. Escusado será dizer que, com um formato de prova mais adequado, a barreira dos 14m10s teria caído de forma evidente.

Não estava escrito que se poderia tentar um recorde mundial dos 3000m obstáculos masculinos, ao invés, mas após um primeiro quilómetro passado em menos de 2m36s isso ficou na ordem do dia. Só que era impossível manter um ritmo daqueles e isso acaba por valorizar o tempo do queniano Conselsus Kipruto, vencedor com 8m01,41s.

Nos 100m, o americano Justin Gatlin continuou a ganhar, mas, mesmo tendo partido bem, sentiu dificuldades face ao forte final de Ameer Webb, que no início do meeting havia ganho os 200m (com 20,04s). Gatlin fez 9,93s e só por um centésimo prevaleceu sobre o seu compatriota, com o francês Jimmy Vicaut, em terceiro, ainda abaixo dos 10 segundos (9,99s).

No salto em altura, o ucraniano Bohdan Bondarenko parece ir-se reaproximando da melhor forma e uma vitória com 2,33m, face ao britânico Robbie Grabarz e ao italiano Gianmarco Tamberi, ambos com 2,30m, dá-lhe esperanças de voltar ao nível de há dois anos, quando igualou o recorde europeu a 2,42m.  

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