Árbitros vão ganhar 2500 euros por mês por serem profissionais

Vítor Pereira apresentou nesta sexta-feira o plano para a profissionalização da arbitragem portuguesa.

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Olegário Benquerença, Pedro Proença, Duarte Gomes, Jorge Sousa, Carlos Xistra, Artur Soares Dias, João Capela, Hugo Miguel e Marco Ferreira. Estes nove árbitros portugueses internacionais vão ganhar, no mínimo, 2500 euros brutos por mês a partir de Novembro deste ano e até Maio de 2014, de acordo com o programa de profissionalização da arbitragem apresentado nesta sexta-feira por Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Este será o primeiro passo de um plano mais alargado da FPF que se irá alargar, em 2014-15, a 12 ou 14 árbitros e dez árbitros assistentes, estando previsto, em 2015-16, que possam ser 18 a 20 árbitros abrangidos pelo programa. Para já, e até ao final da presente temporada, esta remuneração será acompanhada por prémios de jogo e por uma verba respeitante aos patrocínios dos equipamentos. A partir da próxima época, a remuneração será ordenada por três escalões definidos pelos anos de experiência, continuando a ser acompanhada pelos prémios de jogo e por um bónus de desempenho no final de cada época.

“Os árbitros vão passar a ter mais de 350 horas de treino por temporada. Vão preparar-se melhor”, explicou Vítor Pereira, que apresentou um mapa de treinos para os árbitros abrangidos por este programa. Para já, os árbitros abrangidos pelo programa terão duas sessões de treino semanais com quatro horas cada.

Na próxima temporada, serão quatro treinos por semana, também com quatro horas cada um. Vítor Pereira explicou que não haverá exclusividade e que os árbitros terão liberdade para desempenhar outras actividades profissionais fora do plano de treinos e de jogos. Esta é uma grande evolução em relação ao que se praticava até agora, em que os árbitros participavam em duas sessões de cerca de duas horas por semana.

Não vai acabar com os erros, mas vai diminuí-los

“Este é um projecto nacional. Não vai acabar com os erros, mas vai diminuir os erros de arbitragem em Portugal”, frisou o líder da arbitragem portuguesa, referindo que desconhece a existência de algum ultimato da FIFA e da UEFA à FPF para avançar para a profissionalização da arbitragem, sob pena de não haver árbitros portugueses nas grandes competições.

“É público que a FIFA e a UEFA têm desenvolvido todos os trâmites para que a profissionalização dos árbitros de alto nível se efective. Têm dado sinais disso a todas as federações nacionais. Se isso é factor imperativo para a selecção de árbitros, não consigo dizer”, observou o antigo árbitro.
 
 

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