Quarenta anos depois, a Polónia voltou a sagrar-se campeã mundial de voleibol, depois de ter batido o Brasil na final deste domingo por 3-1 (18-25, 25-22, 25-23 e 25-22), em jogo realizado em Katowice. Foi o segundo título mundial da formação polaca, desta vez conquistado em casa, depois do triunfo no México, em 1974. O Brasil, por seu lado, perdeu a oportunidade de se tornar na primeira selecção a conquistar quatro títulos consecutivos, depois de ter arrecadado a medalha de ouro em 2002, 2006 (ano em que derrotou a Polónia na final) e 2010.

Este era um reencontro entre as duas selecções neste Mundial, depois de se terem defrontado na terceira fase de grupos, um jogo que resultara numa vitória polaca, por 3-2. Desta vez, a selecção comandada por Bernardinho entrou disposta a fazer justiça ao seu estatuto e venceu facilmente o primeiro parcial, por 18-25. Mas a equipa da casa reagiu e, impulsionada pelos gritos de incentivo de 12.000 dos seus compatriotas que lotavam o Spodek Arena, tomou conta do encontro e venceu os três parciais seguintes, todos eles muito equilibrados.

No último set, a selecção brasileira ainda deu a sensação de poder forçar um quinto parcial para o desempate, chegando a ter três pontos de vantagem na fase final, mas a festa seria mesmo polaca. E a cereja no topo do bolo chegou em forma de prémio individual: o oposto Mariusz Wlazly, de 31 anos, foi distinguido como o melhor jogador e o melhor pontuador da competição.

Com este segundo título, a Polónia iguala a Checoslováquia no palmarés do Mundial, que continua a ser liderado pela União Soviética, com seis triunfos. Com três títulos conquistados continuam o Brasil e a Itália.

No jogo de atribuição da medalha de bronze, impôs-se a Alemanha, que bateu a França em três sets (25-21, 26-24 e 25-23). Foi a primeira vez que uma selecção da Alemanha unificada chegou ao pódio de um Mundial. Antes, só a República Democrática Alemã tinha alcançado o ouro, em 1970. O próximo Mundial de voleibol realiza-se em 2018 e terá a Rússia como anfitriã.