A defesa ganha mesmo campeonatos?

Terá fundamento a ideia reiterada por Rui Patrício de que é mais o sector defensivo, e não tanto o ataque, que garante títulos?

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Rafael Marchante/Reuters

A frase

 

O contexto

Com seis golos sofridos, o Sporting é uma das defesas menos batidas do campeonato, prova que lidera com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto. A importância do trabalho defensivo para o equilíbrio do jogo colectivo foi destacada pelo guarda-redes dos “leões”, que vê no sector o alicerce do sucesso da equipa.

Os factos

Não deixando de ser uma evidência, a verdade é que o equilíbrio entre um ataque produtivo e uma defesa sólida se assume como o factor-chave para o êxito. Os números recentes mostram que a equipa menos batida da Liga está tão perto da conquista do título nacional como aquela que mais eficácia exibe no momento de alvejar a baliza.

Desde o início do século, ou seja, nos últimos 15 anos, só por quatro vezes a equipa que menos golos encaixou falhou o primeiro lugar. Aconteceu com o Boavista em 2000-01, com o FC Porto em 2004-05 e 2014-15 e com o Sporting em 2006-07 — a defesa menos batida deste ciclo foi a dos “dragões”, precisamente na época passada, com 13 golos sofridos.

Números idênticos retratam a realidade do outro lado do relvado: também por quatro vezes neste período o melhor ataque da prova não coincidiu com o do campeão nacional (o FC Porto em 2000-01, o Benfica em 2002-03 e 2012-13 e o Sporting em 2004-05). Neste último caso, os “leões” foram até terceiros classificados.

Em resumo

A melhor defesa desempenha um papel tão importante quanto o melhor ataque e as excepções à regra, no que respeita aos campeões nacionais, surgem em igual número nos dois sectores do relvado.

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