Depois dos derbies intensos, uma goleada tranquila para o Sporting

“Leões” reforçam liderança com triunfo por 0-4 em Barcelos sobre o Gil Vicente, aumentando para sete pontos a vantagem sobre o Benfica.

Foto
Trincão marcou dois dos quatro golos do Sporting em Barcelos JOSé COELHO/LUSA
Ouça este artigo
00:00
03:17

Foi uma semana com dois derbies intensos e esgotantes que podiam ter como consequência falta de frescura física e mental, mas o que se lhes seguiu foi uma goleada tranquila. O Sporting deu mais quatro passos rumo ao título com um triunfo por 0-4, em Barcelos, sobre o Gil Vicente, no jogo de abertura da 29.ª jornada da Liga portuguesa. Num jogo de sentido único, os “leões” consolidaram a liderança frente a uma formação minhota que está entre treinadores (saiu Vítor Campelos, vai entrar Tozé Marreco), fazendo crescer o seu número de pontos para 74 (os mesmos que fez a época passada) e aumentando para sete a diferença em relação ao perseguidor Benfica. A este ritmo, dificilmente o Sporting se deixará apanhar.

Tranquila é a palavra certa para esta deslocação do Sporting ao Minho, região onde perdeu metade dos pontos (derrota em Guimarães, empate em Braga). Quando uma equipa já está a ganhar por dois golos aos 11 minutos e termina a primeira parte com essa vantagem duplicada, é sinal de que a outra equipa não apareceu. É verdade, os “leões” foram de uma eficácia a toda a prova, e fizeram por isso. Mas houve muito pouco Gil Vicente. Quase a bater no zero.

Amorim fez a rotação esperada, pelos castigados e pelas lesões. Regressaram Quaresma e Diomande ao eixo defensivo, Bragança foi para o meio-campo em vez de Hjulmand e Esgaio foi a surpresa na ala esquerda (Nuno Santos estava castigado e Matheus foi baixa de última hora). Mudam os nomes, mas o Sporting joga exactamente da mesma maneira, intenso na pressão e na recuperação. O Gil Vicente, em baixa rotação e a defender muito em cima da sua baliza, foi presa fácil.

Foi num desses momentos que os “leões” inauguraram o marcador. Recuperação em zona adiantada e Morita, de imediato, atirou à baliza e a bola foi devolvida pelo poste, mas a defesa gilista foi pouco hábil a desfazer o lance e, de imediato, o japonês encaminhou a jogada na direcção de Trincão. O criativo manobrou com facilidade e atirou para o fundo da baliza de Andrew.

Muito fácil, tal como o lance do 0-2, que surgiu de um canto curto e de uma boa combinação entre Trincão e Pedro Gonçalves. O 8 “leonino” cruzou e Diomande, de cabeça, fez o segundo do jogo. Continuando pela palavra fácil e pelas suas variações, aos 31’, Mory Gbane facilitou numa saída para o ataque, perdeu a bola para Daniel Bragança e o capitão “leonino” só teve de encaminhar para Trincão – 0-3.

Ainda não falámos de Gyökeres. Não que ele estivesse a jogar mal – sempre a cumprir o seu papel de massacrar os defesas e a tentar esticar o jogo -, mas a verdade é que não teve uma verdadeira oportunidade para marcar. Essa oportunidade chegou aos 38’ num cruzamento perfeito de Pedro Gonçalves que cruzou com a cabeça do sueco. A bola bateu na trave e nas costas do guarda-redes gilista e entrou – e, por isso, o golo não foi creditado na conta do sueco. Mas entrou, naturalmente, para a contabilidade do jogo.

O destino dos pontos já estava mais do que decidido. Restava saber se o Gil Vicente ia dar alguma dignidade ao resultado e se o Sporting iria carregar ainda mais nos números. Os gilistas finalmente jogaram de olhos abertos e não sofreram mais golos, os "leões" mostraram-se satisfeitos com o trabalho feito na primeira parte e Amorim até aproveitou para dar mais minutos a Fresneda e Koindredi. O jogo estava para isso. Fácil.

Sugerir correcção
Ler 8 comentários