A agricultura sexy, o populismo e a “azanglofobia”
Chamem-me romântico ou ingénuo: comer localmente e no tempo próprio ainda continua a ser a grande invenção da humanidade. Temos é que ser todos um pouco mais agricultores.
1. Interessante reportagem de Manuel Carvalho no PÚBLICO sobre a “nova” agricultura do Sul do país, a tal que quer ser sexy. É o velho debate: sem muita água, herbicidas, fungicidas e outros químicos, como poderemos produzir alimentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades da população mundial? Falta um outro: qual é a lógica de matarmos a fome do mundo com veneno, deixando pelo caminho um deserto ambiental? Não, o Algarve não é um paraíso para o abacate, nem o Alentejo a terra prometida para o amendoal e o olival intensivos ou a costa alentejana o local perfeito para os pequenos frutos. São tudo isso, de facto, mas para as multinacionais e os fundos de investimento. Chamem-me romântico ou ingénuo: comer localmente e no tempo próprio ainda continua a ser a grande invenção da humanidade. Temos é que ser todos um pouco mais agricultores.
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