Construir e resistir

É à esquerda do PS (e aqui há diferenças entre o PCP/CDU e o BE, cada um que as avalie) que está quem durante décadas soube resistir e ajudar a resistir contra as injustiças.

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As próximas eleições são substancialmente diferentes de todas as que se realizaram desde que votamos em democracia. É a primeira vez – e não vai ser a última – que a extrema-direita, a mesma contra a qual o 25 de Abril e a democracia portuguesa se construíram, vai passar a ser decisiva para constituir uma maioria de direita para que esta possa regressar ao poder. Nos 50 anos do 25 de Abril, seria muito simbólico, e sobretudo muito perigoso, que aos problemas com que já nos enfrentamos, os do desrespeito flagrante por direitos sociais tão básicos (educação, SNS, Segurança Social, habitação, trabalho) conseguidos com a democracia, os do empobrecimento de quem trabalha e de quem já trabalhou, os da precarização da vida, tivéssemos de enfrentar ainda por cima a ameaça às liberdades, um governo que assumisse o discurso de ódio contra as esquerdas, os sindicatos e os movimentos sociais que já temos nas redes sociais, as ameaças aos direitos das mulheres, dos migrantes, de quem quer ter liberdade para amar quem quiser.

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