A responsabilidade que faltou

Onde se exigia arrependimento pelo pecado coletivo, houve retórica de advogado de defesa; onde se exigia coerência com a crítica ao relativismo, houve relativismo acrítico.

Se procuravam a unanimidade, os bispos portugueses conseguiram-na: o que (não) anunciaram na sua conferência de imprensa sobre o relatório da Comissão Independente sobre os abusos sexuais no âmbito da Igreja mereceu a reprovação unânime de crentes e não crentes. Foi-lhes unanimemente reprovado o estilo e, muito mais que o estilo, foi-lhes unanimemente reprovada a falta de coragem, de humildade e de capacidade de transfiguração que fez com que o estilo tenha sido aquele.

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