Maior e mais abrangente do que nunca, a Bienal de Gaia está de volta para agitar consciências
A Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Gaia instala-se novamente na Quinta da Fiação, em Lever, até 10 de Julho. Numa edição ligada às causas, o objectivo é “acordar mentalidades” e deixar uma mensagem, preterindo o “bonitinho” em prol da dura representação da realidade.
Um lençol branco, inscrito com caras disformes e nomes por atribuir, estende-se por cerca de três metros, no meio de uma exposição da Bienal de Gaia. Não existe um caixão, mas a terra espalhada pelos limites do lençol indica, claramente, um funeral. Aqui, homenageia-se a vida dos “Henriques” e das “Celestes” que a covid-19 ceifou, sem aviso prévio, e cujas existências foram transformadas em apenas mais um número para estatísticas diárias. No topo um pequeno espaço em branco, ainda por pintar, que revela uma história longe do seu fim.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.