FC Porto bate Famalicão e conserva almofada para o clássico

“Dragões” conseguem triunfo importante e colocam pressão sobre o Sporting, poupando elementos-chave para o jogo com o Benfica, apesar do azar de Corona.

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Otávio e Diogo Figueiras disputam lance no FC Porto-Famalicão LUSA/ESTELA SILVA

O FC Porto voltou esta sexta-feira às vitórias (3-2), em jogo da 30.ª jornada da Liga, na recepção ao Famalicão, um resultado essencial para garantir uma almofada de quatro pontos antes da deslocação ao Estádio da Luz, onde, para além de correr ainda pela liderança e pela revalidação do título, poderá decidir a questão do segundo lugar e do acesso à Liga dos Campeões.

Toni Martínez (8'), Taremi (61’ g.p.) e Grujic (75') contribuíram para o triunfo sobre o Famalicão, com que os “azuis e brancos” garantiram matematicamente o pódio do campeonato, beneficiando da derrota do Sp. Braga, que a 12 pontos de distância perde com os portistas no confronto directo. Ivo Rodrigues (44') assinou o golo dos minhotos, que não chegou a desestabilizar os portistas. 

Apesar da ferida aberta na jornada anterior, o FC Porto conseguiu o que já não lograva, no Dragão, para a Liga, desde o jogo com o Rio Ave, há três meses: marcar um golo na primeira parte. Desta feita, os “dragões” adiantaram-se bem cedo, em lance desenhado por Corona, a descobrir Taremi na área, com o iraniano a assistir, de cabeça, Toni Martínez.

Sem Pepe, castigado, o treinador do FC Porto reservara Marega para o clássico da Luz, operando quatro alterações no “onze” inicial relativamente à equipa que iniciou o confronto de Moreira de Cónegos. Entre as novidades, destaque para Francisco Conceição, uma estreia a titular, aos 18 anos, na formação portista. Sérgio Oliveira (em risco de suspensão) foi preterido e Toni Martínez surgia de início para defrontar e marcar à antiga equipa.

Suspenso, Conceição levava para a bancada o lateral Nanu, confiando o corredor a Corona (também a um cartão de falhar o jogo com o Benfica). O mexicano esteve em dúvida, mas, tal como Mbemba, recuperou para assumir outras funções, construir o lance do golo e lesionar-se, saindo de cena aos 18 minutos.

Nessa altura, já o Famalicão, vindo de duas vitórias na qualidade de visitante (Marítimo e Gil Vicente), com um empate pelo meio, em Alvalade, era obrigado a rever a matéria dada e a ajustar a estratégia, depois de uma entrada a pressionar altíssimo e a dificultar a organização ofensiva do FC Porto.

Com o golo de Toni Martínez, o FC Porto passava a gerir com maior à-vontade a urgência inicial de romper os bloqueios e combater a ansiedade com que o Famalicão contava para fomentar a dúvida e surpreender o adversário. Desconstruída esta lógica, os minhotos denunciavam alguma impotência face à necessidade de dividirem a despesa e assumirem um papel mais construtivo e menos especulativo.

Porém, de uma falta à entrada da área e do respectivo livre, nasceria o golo do empate, com um ex-”dragão”, Ivo Rodrigues, a bater Marchesín a um minuto do intervalo. Sem o justificar, o Famalicão conseguia que o jogo voltasse à primeira forma, dispondo de 45 minutos para tentar garantir um desfecho positivo.

O FC Porto regressava com pressa e Francisco Conceição cedia o lugar a Luis Díaz no reatamento. O jogo ganhava em intensidade, com alguma vertigem no ataque portista a proporcionar alguns momentos de perigo junto da baliza de Luiz Júnior. As fendas na muralha famalicense estavam cada vez mais visíveis e o segundo golo do FC Porto surgiria na sequência de um penálti de Diogo Queirós sobre Taremi, que o iraniano se encarregou de consumar.

Até final, o FC Porto manteve o ritmo alto e Grujic acabou com eventuais dúvidas, com um golpe de cabeça à entrada do último quarto de hora, a que o Famalicão ainda respondeu em tempo de compensação, por Anderson (3-2), num jogo em que os “dragões" recuperaram a compostura e colocaram de novo a pressão do lado do Sporting. 

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