Colecções zoológicas “perdidas” no Museu do Dundo revisitadas meio século depois

Com a guerra civil em Angola, um dos museus mais famosos de África – o Museu Regional do Dundo – ficou praticamente inacessível. Especulou-se que as colecções zoológicas estivessem perdidas ou destruídas, mas a verdade é que permaneceram quase intactas e permitem hoje descrever novas espécies para a ciência.

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Fotografia na colecção fotográfica do Museu do Dundo de rapaz que foi entregar um crocodilo Foto na colecção do Museu do Dundo de rapaz que foi entregar um crocodilo

Em 1975 deu-se a independência de Angola. Seguiu-se a guerra civil, que consumiu o país durante quase 30 anos. Tempos difíceis e incertos, que levaram ao abandono de um dos museus mais importantes da África Austral, o Museu Regional do Dundo, conhecido principalmente pelas suas colecções etnográficas. Este museu estabeleceu também colecções zoológicas importantes para o estudo da fauna de Angola, que se julgavam perdidas ou destruídas. Afinal, não só estavam quase intactas, como até estão a permitir descobrir novas espécies para a ciência. É o caso da osga-anã-quioca, que foi agora descrita exclusivamente com base em exemplares encontrados no museu, por uma equipa liderada por uma investigadora portuguesa.

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