Cartas ao director

Tempos actuais

Está-se a tornar difícil viver nos tempos actuais, uma vez que quase que diariamente vão saindo decisões no mínimo bizarras que põem em dúvida a mente de muita gente. Agora fala-se no uso comum, por rapazes e raparigas, das divisões destinadas às necessidades fisiológicas, na ânsia doentia de não descriminar ninguém. Francamente, a paranóia da igualdade está a tomar foros de doença grave. Porque não balneários únicos para os dois sexos? Entretanto, enquanto se entretêm com estas bizarrices, duas meninas gémeas de dez anos vivem em extrema miséria, maltratadas por dois anormais pais desde a sua nascença, com conhecimento das diversas entidades oficiais numa apatia aviltante e desumana.

Carlos Leal, Lisboa

Casas de banho escolares

Publicou o PÚBLICO na sua edição do dia 22 de Agosto uma notícia com o seguinte teor: “Não será a vontade dos alunos a determinar a que casa de banho a que vão mas sim o sexo a que pertencem”. No corpo da notícia diz-se ainda que são elencadas algumas medidas que visam “assegurar o respeito pela autonomia , privacidade e autodeterminação das crianças e jovens que realizem transições sociais de identidade e expressão de género”. E a notícia continua: “As escolas devem garantir que a criança ou jovem, no exercício dos seus direitos, aceda às casas de banho e balneários, tendo sempre em consideração a sua vontade expressa e assegurando a sua intimidade e singularidade.”

Será legitimo que a autoridade peça a crianças (suponho entre os 6 e os 12 anos) que respondam a estas questões? Penso que não. Por outro lado, sendo o questionário dirigido aos alunos/as para que expressem a sua vontade, parece evidente que serão as mesmas crianças e adolescentes a escolher a instalação que vão utilizar (meninos ou meninas) a não ser que o ministério tenha decidido inovar e crie casas de banho para “neutros”.

Gostaria de terminar perguntando aos responsáveis por este inquérito que se uma menina indicar, que tendo procedido a uma alteração de género, prefere utilizar a casa de banho dos meninos, no exercício dos seus direitos, será atendida? É que se for, os meninos que sempre o foram deverão também ter o direito de recusar e, se não for, não descortino qual a vantagem do dito inquérito, a não ser o obrigar crianças e adolescentes a responder a questões que obviamente nunca lhes deveriam ter sido feitas e que lhes podem causar legítimo desconforto. Haja bom senso.

Fernando Raposo de Magalhães, Lisboa

Pedro Pardal Henriques

Marinho e Pinto acaba de cair no aventureirismo que nem um pardal. Ao nomear para cabeça de lista à capital do país um advogado, chefe sindicalista, perturbador da normalidade nacional, não fez mais do que desenhar o seu voo em direcção ao abismo político. Marinho vai desaparecer do espaço de intervenção por cá e pela Europa por onde se tem apresentado com alguma discrição e bem pago. Não resistiu porém a tomar medida populista, desafiadora.

Joaquim A. Moura, Penafiel

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